A pandemia no litoral do Paraná está mostrando um crescimento. Não se trata de uma opinião, mas de uma evidência científica. Segundo os informes epidemiológicos da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa), entre os dias 12 e 19 de novembro, o litoral registrou 659 casos do novo Coronavírus e oito mortes em decorrência da doença, número bem maior que o apresentado na semana anterior, quando foram contabilizados 277 registros da doença e seis mortes, um aumento de 137% de casos entre as duas semanas.
Ainda não há vacina para a Covid-19 disponível para a população, inclusive esta é uma notícia que a Folha do Litoral News e toda a imprensa mundial sonha em divulgar, algo que deve acontecer em um futuro próximo. Enquanto isso, a única forma de combater a pandemia é a prevenção: uso de máscaras, distanciamento social, higienização e evitar aglomerações.
Apesar disso, nas últimas semanas, basta ir às ruas dos municípios do litoral para entender o motivo dos casos terem aumentado. Pessoas andam nas ruas sem máscaras, registros de aglomerações “pipocam” nas redes sociais, distanciamento é ignorado, enfim, está acontecendo tudo que o vírus deseja para sobreviver e se proliferar cada vez mais entre nós.
É hora de fazermos uma autocrítica. Como sociedade litorânea, relaxamos nas últimas semanas, isso é evidente. Sim, devemos cobrar do Poder Público fiscalização e leitos em hospitais, mas para conter o problema é necessário sermos responsáveis e conscientes de que desrespeitar as medidas de prevenção não atenta apenas contra si mesmo, mas também contra o próximo, gerando risco de vida às pessoas que amamos, principalmente as do grupo de risco.
“Seja a mudança que você quer ver no mundo”, diz Mahatma Gandhi. Parafraseando essa frase, para que o cenário pandêmico melhore, obrigatoriamente precisamos mudar nosso modo individual e coletivo de agir neste período de crise sanitária.
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