O termo neuroplasticidade refere-se à capacidade de o cérebro modificar-se e adaptar-se ao longo da vida em resposta a novas experiências.
Essa maleabilidade acontece à nível estrutural e funcional. Portanto, pode-se dizer que o cérebro humano responde eficientemente aos estímulos diários, respondendo adequadamente aos desafios externos impostos pelo meio ambiente.
Por muito tempo, sustentava-se a ideia de que a neuroplasticidade acontecia apenas em períodos críticos de desenvolvimento, ou seja, quando criança. Esta ideia, das mudanças neurais mais importantes ocorrerem predominantemente no início da vida, não é errada. A idade ainda é um determinante essencial para a ocorrência da plasticidade cerebral.
No entanto, a experiência sensorial e a aquisição de novas aprendizagens ganham importante atenção nos estudos neurocientíficos. Uma variedade de outros fatores, que ainda não estão bem elucidados, como: sistema de neuromoduladores, sexo, doenças cerebrais e traços psicológicos também estão diretamente interligados ao processo de neuroplasticidade.
Esses novos achados científicos têm repercussões importantes no desenvolvimento de estratégias de reabilitação direcionadas ao envelhecimento e se opõe a tradicional visão de que o cérebro idoso é um período de plasticidade limitada.
Portanto, sabe-se hoje, que a neuroplasticidade continua a ocorrer mesmo após a maturação do sistema nervoso, sendo fortemente regulada por novas aprendizagens.
Isso sugere que os elementos que regulam a plasticidade mudam ao longo da vida do indivíduo e não operam apenas em torno dos períodos críticos do desenvolvimento.