Por: Kátia Muniz
Em uma determinada época, outras pessoas fizeram parte da minha vida, assim como também outras pessoas fizeram parte da sua. Não vamos negar que elas possuíram um grau de importância, porém não foram suficientes.
E veja só, mesmo com a estatística mundial da população batendo na casa dos bilhões, encontramo-nos. A partir daí, não foi difícil identificar que tinha que ser você.
Simplesmente, porque entre nós nasceu uma conexão inexplicável e uma sintonia maravilhosa de vivenciar, do mesmo jeito que é gostoso observar quando um de nós dois diz algo e o outro acrescenta: “eu estava pensando justamente sobre isso”. Ah, essa fusão de pensamentos costuma ser extraordinária e encontra conforto nas almas que se reconhecem.
É possível imaginar que outro indivíduo talvez não soubesse lidar tão bem com as minhas crises na TPM, meu mau humor matinal e com as minhas fragilidades.
Você além de me aceitar, exatamente, como eu sou, não me sufoca com ciúmes infantis, não dispara cobranças infundadas e entende como ninguém os momentos em que tenho a absurda necessidade de ficar só.
Tinha que ser você, pois traz consigo uma maturidade invejável, um coração gigantesco, bem como responsabilidade, ao mesmo tempo em que carrega esse jeito de menino vestindo terno de adulto, e como se não bastasse, ainda possui a capacidade de transformar o que é complicado em algo simples, em enxergar caminhos e soluções para as situações difíceis, e também sabe ser flexível.
Desde o início da nossa caminhada, sempre segurou a minha mão com firmeza, ofereceu um porto seguro, um ombro amigo, um abraço acolhedor, um colo, da mesma forma em que jamais economizou carinho, cafuné e aconchego de qualidade.
Para você, que me enche de orgulho e me entrega tranquilidade e paz, confesso: três décadas depois do “sim”, ainda trago comigo a certeza de que tinha que ser você.