Valmir Gomes

SELEÇÃO BRASILEIRA GOLEIA AUSTRÁLIA

Gente, como amante do futebol, não me conformo com o silêncio da mídia do eixo sobre nossa seleção. Já escrevi a respeito e volto ao assunto por não entender o pouco caso com o futebol brasileiro. Afinal o escrete canarinho, como falam os do meu tempo, foi o responsável pelo reconhecimento internacional do Brasil. Antes de 1958, o mundo achava que a nossa capital era Buenos Aires, e vamos ficar por aí, para não ferir suscetibilidades. Pois bem agora, por briga interna com a CBF, ou por patrocínio, ou ainda por solidariedade, negam notícias da seleção ao torcedor brasileiro. Alguns não sabem, que o Tite perdeu a invencibilidade para os argentinos, outros que o Brasil ganhou de goleada dos australianos. Independente dos problemas da CBF e de alguns diretores, acusados inclusive de subornos internacionais, devemos pensar e agir, como veículos de informação. Mais do que isto, devemos respeito ao povo brasileiro e a história vitoriosa da nossa seleção.

 

FORRÓ X SERTANEJO

Fiquei sabendo que a grande cantora Elba Ramalho botou a boca no trombone sobre a Festa de São João do Nordeste brasileiro. Nem de longe quer saber de música sertaneja, nas festas juninas de Campina Grande na Paraíba ou Caruaru no Pernambuco. Enquanto isto, a cantora sertaneja Marília Mendonça, de Goiás, defendeu sua música nas festas juninas. Independente de gosto musical, vou expressar a minha opinião a respeito do assunto. Considero o regionalismo uma das riquezas do Brasil, temos que defender a cultura de cada Estado, custe o que custar. Dou exemplo, na semana Farroupilha no Rio Grande do Sul, as pessoas vão trabalhar "pilchadas" roupas típicas daquele Estado. No litoral paranaense, o Fandango e os caiçaras são praticamente uma coisa só. Estado que não cultua seu regionalismo, perde sua identidade.

 

MORTE NA MADRUGADA

Os esportistas acordaram de luto na segunda-feira. Um acidente de automóvel, na madrugada de domingo, matou o ex-atleta do Paraná Clube Jonas Pessali, de apenas 26 anos. Jonas era gaúcho de Bento Gonçalves, iniciou sua carreira no Grêmio e depois ganhou o mundo, jogando na Europa, até chegar ao Paraná Clube. Era bom jogador e, segundo soube, inquieto, queria fazer muitas coisas em pouco tempo. Me lembrou o nosso Dirceu José Guimarães, o famoso Dirceuzinho do Coritiba e da Seleção Brasileira. Dirceu também era inquieto, fazia mil coisas no mesmo dia, vivia sempre com pressa. Morreu em um acidente de automóvel numa noite carioca. Ligo os dois fatos para lhes dizer uma coisa. Existem pessoas que têm a noção exata da brevidade da sua passagem terrestre. Quem sabe Dirceu José Guimarães e Jonas Pessali, tinham a premonição deste fato. Que Deus os cubra com seu manto divino.

 

RODADA

Começo pelo Coritiba, que esta tarde enfrenta o Bahia no Couto Pereira, imagino com grande público. Assisti à partida entre Bahia X Grêmio na segunda-feira, foi um jogo de muitas dificuldades para o Grêmio, pela boa atuação dos baianos. Sei que os coxas se agigantam no Couto Pereira, sei também que a fase é boa, aumentando a autoestima e, consequentemente, a possibilidade de repetir as últimas atuações. Com certeza, teremos um  bom jogo. Enquanto isto, o Paraná Club se reabilitou vencendo o Náutico e subindo na tabela. Já o Londrina empatou com o Oeste no Estádio do Café, fato comum da sua história na segundona. Quanto ao Atlético, por questões óbvias, prefiro falar na próxima coluna.