O técnico do Londrina, Ricardinho

O Londrina perdeu Tencatti e contratou Ricardinho, como seu novo técnico. Ricardinho foi um meia fora de série, jogou muito, seu pé esquerdo era um verdadeiro compasso. Craque. Há pouco iniciou uma carreira de técnico, tem conhecimento da matéria. Precisava de uma oportunidade como esta, em um clube organizado, que dá toda estrutura para um profissional. Não tenho intimidade com Ricardinho, porém como acompanhei sua carreira desde o início, me parece um amigo comum, torço por ele. Apenas uma observação, Ricardinho é inteligente e tem um gênio forte. Que a santa paciência lhe acompanhe. Até porque gênio por gênio, Sérgio Malucelli tem qualidades comprovadas como gestor de futebol, e também possui um gênio forte. Assim sendo lembro do mestre dos técnicos, Otacílio Gonçalves. Um dia entre um uísque e outro, na velha Churrascaria Napolitana ao lado do Mauro Singer, Otacílio nos disse.  “Ser técnico no Brasil é também a arte de engolir sapos”. Lembre disto, Ricardinho, e boa sorte.

O TECNICO DO GRÊMIO, CESAR BUENO

O garoto de Cascavel foi morar em Curitiba. Como era bom de bola e piá, levaram para jogar futebol de salão no clube do bairro, no caso o Pinheiros. Não era titular absoluto, porque os titulares eram Ricardinho, Tcheco, Pedrinho Viana, Marcelo Lipatin, um verdadeiro ninho de cobras. Depois disto, foi estudar e acabou formado como professor de Educação Física com Pós-Graduação em Ciência e Medicina dos Esportes. Com tanto estudo resolveu se dedicar ao futebol. Em 2005, iniciou no Trieste de Santa Felicidade, por lá ficou bom tempo com o amigo Rafael Stival. Em 2010, chegou ao Coritiba, do sub-15 até o sub-23, sucesso absoluto com muitos títulos e várias revelações. Ano passado, recebeu proposta irrecusável do Grêmio Porto Alegrense. Foi de mala e cuia para a capital gaúcha, trabalhar com os jovens do sub-23. Este ano vai ser o técnico do Grêmio, nas primeiras rodadas do Campeonato Gaúcho, pois Renato vai preparar o time da Libertadores. Como me falou Robson Gomes: “César conhece de bola, tem talento e comando”. Estamos na torcida pelo sucesso do paranaense. Sorte, César.

O TÉCNICO DO ATLÉTICO, FERNANDO DINIZ

Como hoje a coluna trata de técnicos, não posso esquecer do Atlético Paranaense. O clube anunciou o Holandês Seedorf e trouxe o mineiro Fernando Diniz. Para quem não lembra Diniz foi um meia talentoso, jogou em time grande e sabia fazer gols. Há tempos iniciou a carreira de técnico, com relativo sucesso no interior de São Paulo. Tem ideias futuristas, como a do goleiro linha, prega um futebol total, sem posição fixa, quase a Holanda, não do Seedorf e sim do Cruijff. Nem sempre bem entendido, cria alguns atritos com os próprios atletas. Para ter sucesso no Atlético, o também psicólogo Fernando Diniz vai ter que domar o Tigre que tem dentro dele. Boa sorte, Diniz.

FRASE

“Jogar futebol é simples, mas jogar futebol simples é a parte mais difícil do jogo”. Nos ensinou o craque mundial Johan Cruijff, um mestre do futebol.