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Trânsito

Média de reprovação para 1ª habilitação é alta em Paranaguá

Nervosismo na hora do teste é o maior vilão

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Uma das grandes conquistas da vida adulta, para muita gente, é a obtenção da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). A possibilidade de conduzir um automóvel de pequeno, médio ou grande porte, ou pilotar uma moto, sem dúvida, é, para muitos, uma ação de liberdade e independência. No entanto, a conquista da primeira habilitação não é tão simples como se imagina, se é que alguém imagina isso, uma vez que o teste prático, no Departamento de Trânsito (Detran), costuma ser um tormento para boa parte dos candidatos à habilitação.

Em Paranaguá, cerca de 40 pessoas, diariamente, fazem o teste prático, que é o momento em que o candidato precisa colocar o carro em uma baliza em um tempo máximo de até 3 minutos, ou em até três tentativas, e depois sair, pelas ruas da cidade, acompanhado do instrutor sem cometer erros que o impeçam de ser aprovado.

Na sexta-feira, 4, aproximadamente 41 candidatos (até às 14h30) haviam feito o teste prático, sendo que desse total 17 reprovaram, o que representou algo próximo de 40% dos candidatos, alguns deles tentavam pela terceira vez a aprovação no teste. Um dia antes, na quinta-feira, 3, dos 18 testes realizados, apenas oito candidatos conseguiram ser aprovados.

Para o examinador do Detran de Paranaguá, Wellinton de Oliveira, em cerca de 90% dos casos o candidato erra pelo nervosismo que passa a ter em virtude de saber que naquele instante estará sob uma avaliação. “Não é incomum perceber que a pessoa inicia a prova prática com a perna tremendo. Como forma de tranquilizá-la, menciono que ela, se preferir, pode estacionar, se acalmar, e depois seguir com a prova”, comenta.

Entre os erros mais comuns no exame destacam-se deixar o veículo “morrer”, o que acarreta dois pontos negativos no teste (o candidato não pode ultrapassar a três pontos) e errar ao fazer a baliza, que é considerada uma das faltas eliminatórias. “Nossa dica é: acalme-se e faça exatamente aquilo que treinou na autoescola”, diz o examinador.

 

NOVA CONQUISTA DO HAITIANO

Entre os candidatos que conseguiram passar no exame de direção do Detran, na sexta-feira, 4, estava o sorridente haitiano Lesly Cajuste. Ele, que tentava pela quinta vez ser aprovado, disse que se sentiu mais seguro desta vez. “Sem dúvida, a presença da minha esposa aqui me ajudou”. Para o recém-casado Lesly, com a carteira nas mãos o passo seguinte é economizar para comprar um carro. “Um passo de cada vez, mas me sinto feliz em poder ter avançado esta etapa, a qual é intimidatória e tensa”, ressalta.

 

 

Segundo o Detran de Paranaguá, pessoas de outras nacionalidades fazendo o teste prático na cidade não é comum. “Em cada 100 pessoas, cinco, no máximo, têm outra nacionalidade”, informou o examinador. No caso do haitiano, a determinação, mesmo tendo reprovado em quatro ocasiões, não foi motivo de desânimo. “A pessoa não pode desistir, tem que ser perseverante. Para quem consegue a CNH a lembrança é de contribuir com a direção defensiva para fazer do trânsito um lugar melhor”, observou.

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