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Trânsito

Atropelamento fatal de ciclista gera protesto na Avenida Bento Rocha

Moradores nos bairros do entorno pedem melhorias imediatas em prol da segurança, com iluminação e semáforos

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Na noite de sábado, 4, Amauri Galdino, de 48 anos, foi atropelado na Avenida Bento Rocha por um caminhão logo após a ponte do Rio Emboguaçu. O motorista do caminhão não teve nome divulgado e foi identificado pelas autoridades em frente ao Colégio Estadual Randolfo Arzua. A morte de Amauri, que residia no Porto dos Padres, sendo casado com Angélica Leandro, com quem tinha um filho, gerou revolta por parte dos moradores nos arredores da via estadual, a qual é de responsabilidade do Departamento de Estradas de Rodagem (DER) do Estado, que realizaram um protesto na manhã de segunda-feira, 6, até o período da tarde, fato que paralisou o trânsito nos dois sentidos. 

As polícias Rodoviária Federal (PRF) e Militar do Paraná (PMPR) acompanharam a manifestação. Os protestantes exigiam mais segurança no trânsito, com melhor iluminação e instalação de semáforos. A revolta se ampliou pelo fato de que poucos dias atrás, no dia 20 de julho, o carteiro Daniel Celestino da Silva, de 43 anos, morreu atropelado por caminhão conduzindo sua bicicleta também na Avenida Bento Rocha, em local próximo ao acidente deste fim de semana. Pneus e pedaços de madeira foram queimados por dezenas de manifestantes que interromperam o tráfego na avenida durante a maior parte do dia. Congestionamentos se formaram nos dois sentidos da via que possui o movimento de, em média, 3 mil caminhões ao dia que chegam e deixam o Porto de Paranaguá.

A concessionária Ecovia, responsável pela BR-277, que é interligada à Avenida Bento Rocha, emitiu alerta por volta das 11h de segunda-feira, 6, informando que o tráfego estava lento no KM 0 e 1 da via sentido litoral devido à manifestação. No período da tarde, em torno das 15h, a Ecovia emitiu novo alerta ressaltando que o trânsito havia sido totalmente paralisado na Avenida Bento Rocha.

Moradores exigem mais segurança na Avenida Bento Rocha, destacando que dois ciclistas morreram no local em duas semanas (Foto: Diogo Monteiro)

INTERVENÇÃO DO MUNICÍPIO NA VIA

Na tarde da segunda-feira, 6, a Prefeitura de Paranaguá, após a paralisação, emitiu nota destacando uma reunião do prefeito Marcelo Roque com o secretário municipal de Segurança, João Carlos Silva, e autoridades municipais de segurança, quando afirmou que, mesmo não sendo do município a responsabilidade na Avenida Bento Rocha, a prefeitura vai atuar na via. "O local tem apresentado acidentes graves, infelizmente alguns fatais. O município já encaminhou ofícios ao DER, mas até o momento nada foi resolvido e mais um acidente fatal foi registrado no fim de semana vitimando fatalmente um rapaz", informa a prefeitura

“A Avenida Bento Rocha tem grande fluxo de caminhões, no ano passado foi registrada a morte de uma senhora e a Prefeitura de Paranaguá oficializou o DER para que faça as intervenções naquela região e infelizmente nada foi retornado à prefeitura. Não podemos mais aguardar uma atitude do órgão e, por meio da Superintendência de Trânsito oficializaremos novamente o órgão. Mas se a resposta não chegar, com ou sem liberação, realizaremos a intervenção naquela via para que se tenha um semáforo, sinalização vertical e horizontal naquele trecho para evitarmos que mais pessoas percam a vida”, afirma o prefeito. 

"Não podemos esperar mais atitudes do DER. Desde o ano passado encaminhamos ofícios e ações por parte do órgão não ocorreram. Mandaremos novo ofício, mas independente da resposta, tomaremos providências para que não percamos mais vidas naquele local. Explicamos à população que infelizmente precisamos de algumas liberações para agir na região já que a circunscrição pertence ao DER”, afirma o secretário municipal de Segurança, João Carlos Silva, que lamentou mais um acidente fatal na avenida.

O superintendente de Trânsito, Leônidas Martins Júnior, afirma que medidas serão tomadas na via, com encaminhamento de mais um ofício ao DER solicitando providências na Bento Rocha e estudo para implantação de um dispositivo que traga segurança no trânsito no local. 
 

PRF e PMPR acompanharam o protesto

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