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Trabalho

Trabalhadores dos Correios entram em greve por tempo indeterminado

Sintcom-PR afirma que no Estado a paralisação foi de 70%; enquanto os Correios afirmam que 86,69% dos empregados estão trabalhando normalmente

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Os trabalhadores dos Correios do Paraná entraram em greve por tempo indeterminado, na quarta-feira, 11. A decisão foi referendada em assembleias realizadas em todo o Estado. A adesão à greve é de 70% no Paraná, de acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Comunicações Postais, Telegráficas e Similares do Paraná (Sintcom-PR).

As adesões têm crescido e o Sindicato afirma que tem conduzido com responsabilidade e empenho na conscientização dos trabalhadores. “O momento exige união total da categoria para que os direitos e empregos não sejam exterminados. A Empresa não recebe os trabalhadores para negociar desde o dia 12 de junho. Até o momento, a única proposta para a categoria foi um reajuste de 0,8%, frente ao INPC de 3,25% acumulado no período da data-base, além da retirada de direitos históricos que vão impactar nos salários dos trabalhadores com perdas de mais de R$ 7 mil no ano”, explicou o Sintcom-PR.

Segundo o Sindicato, a Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos (ECT) afirma que um carteiro custa mais de R$ 10 mil mensais, enquanto o salário base de um carteiro é de R$ 1.600. “A manobra da ECT foi adiar as discussões para depois da data-base da categoria, que é em agosto, jogando os trabalhadores em um limbo jurídico, que agora estão sem a vigência do Acordo Coletivo, pois ela se recusou a prorrogar. O presidente da empresa insiste em reduzir benefícios que rebaixariam ainda mais o salário da categoria, que já é o pior entre todas as estatais”, defende o Sintcom-PR, em nota.

“Todos os 36 sindicatos de trabalhadores dos Correios aderiram à greve. A reivindicação é por um reajuste que cubra pelo menos a inflação do período e contra o corte de direitos”, destacou, em nota, o Sindicato da categoria

PARALISAÇÃO PARCIAL

A Assessoria de Imprensa dos Correios informou que a paralisação dos empregados é parcial e não afeta os serviços de atendimento da estatal. “A empresa já colocou em prática seu Plano de Continuidade de Negócios para minimizar os impactos à população. Medidas como o deslocamento de empregados administrativos para auxiliar na operação, remanejamento de veículos e a realização de mutirões estão sendo adotadas”, enfatizou os Correios.

De acordo com os Correios, um levantamento parcial foi realizado na manhã de quarta-feira, 11, e mostrou que 82% do efetivo total dos Correios no Brasil está trabalhando regularmente. “No Paraná, 86,69% dos empregados estão trabalhando normalmente”, frisou.

Relacionado à negociação, os Correios afirmam estar executando um plano de saneamento financeiro para garantir sua competitividade e sustentabilidade. “Desde o início de julho, a empresa participa de reuniões com os representantes dos empregados, nas quais foi apresentada a real situação econômica da estatal e propostas para o acordo dentro das condições possíveis, considerando o prejuízo acumulado, atualmente na ordem de R$ 3 bilhões. As federações, no entanto, expuseram propostas que superam até mesmo o faturamento anual da empresa”, disse a empresa.

A estatal ressaltou ainda que paralisações em momentos como este agravam a situação econômica da empresa. “Por essa razão, os Correios contam com a compreensão e responsabilidade de todos os seus empregados, que precisam se engajar na missão de recuperar a sustentabilidade da empresa e os índices de eficiência dos serviços prestados à população brasileira”, concluiu a ECT.

 

Foto: Divulgação/Sintcom-PR

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