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Trabalho

Especialista em alta costura conta que não existe limites na arte da criação

Alessandra tem uma vida ligada às tesouras e recortes

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Dia 25 de setembro é o Dia da Costureira, uma das profissões mais antigas que vem resistindo e superando a tecnologia e se adaptando aos novos tempos. Quem atua na área em Paranaguá há 27 anos é a profissional Alessandra Henrique. 
Sua vida está ligada às tesouras e recortes desde a infância. Tudo começou quando ela tinha 12 anos e resolveu fazer um vestido para uma amiga.

“O resultado deu tão certo que até hoje ela é minha cliente”, contou Alessandra.  

Depois da brincadeira que deu certo, ela continuou fazendo roupas para amigas e parentes. Era uma mistura de hobby e paixão, algo que foi ficando cada vez mais sério. 
Tão sério ao ponto de ir para Curitiba e se matricular na escola Keffer de alta costura. Depois disso, Alessandra alçou voos maiores e ingressou na Vogue, também em Curitiba, onde atuou por oito anos.

“A Vogue para mim foi um sonho real, pois é uma empresa conceituada no ramo de alta costura. Minha experiência lá foi muito importante porque eu também dava aulas para turmas de até 200 mulheres”, destacou. 

Ao retornar a Paranaguá, em 2003, abriu seu primeiro ateliê. Alessandra se denomina modelista pelo falo de criar moldes e costurar. Ela também explica a diferença entre o estilista, que é o profissional que cria a moda. “A costureira faz a roupa, ou seja, tanto o estilista como o modelista precisam costurar”, explica. 

Alessandra ressalta ainda que o mercado caiu muito por causa da crise. O conserto de roupas está em alta e corresponde em 90% do movimento do seu ateliê, embora também exista a procura pela criação.  Neste sentido, ela cita uma de suas clientes, a qual sempre lhe procurava para fazer vestidos diferentes inspirados em revistas ou na televisão.

“Hoje ela não está mais em Paranaguá, mas por muito tempo eu criei seus figurinos para festas. Ela trazia uma ideia bem trabalhada que era tirada do papel”, recorda. 

Para Alessandra, não existem limites na arte de criar, pelo contrário, tudo que é mais difícil acaba sendo prazeroso.

“Vestidos de festas com rendas e pedrarias costumo fazer em quatro dias. Sou rápida e quando começo não consigo parar, muitas vezes atravesso a madrugada”, apontou. 

Para ela, a arte de costurar é algo motivador.

“É a minha vida, pois me descobri costureira aos 12 anos e nunca mais parei”, finaliza. 

HISTÓRICO 

De acordo com a Associação Brasileira de Vestuário (Abravest), o trabalho das costureiras brasileiras movimenta, em média, R$ 4,5 bilhões por ano. De acordo com o sindicato que regulamenta a profissão no País, não se sabe ao certo, quando a profissão surgiu e começou a ficar conhecida. A única evidência histórica é que a costura surgiu há mais de 30 mil anos, na antiguidade,  e era dominada por homens. Ao longo do tempo se modificou e hoje em dia as mulheres representam o maior número de profissionais da costura.

 

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