O número intensificado de pequenos furtos está sendo uma rotina indesejada dos comerciantes em Paranaguá. Funcionários e proprietários de lojas destacam que o delito é cometido quase que diariamente em estabelecimentos locais, sejam pequenos ou de grandes marcas estabelecidas nacionalmente. Nem mesmo a presença de câmeras ou de policiais inibe a prática delituosa, que exige agilidade de seguranças e funcionários para recuperação dos objetos furtados.
Osmar de Souza Filho, proprietário de uma loja de variedades, o qual já contou com outros três estabelecimentos nos últimos anos em Paranaguá, destaca que os pequenos furtos são um problema diário no município. “Tentamos instalar câmeras e com os funcionários fazer o monitoramento. É demais a quantidade de pequenos furtos, pegamos quase que diariamente casos aqui. Muitas lojas contratam segurança especificamente para isso, mas tudo isso é gasto e é difícil para nós. Temos que nos virar para tentar inibir a prática criminosa”, explica.
“A gente percebe pequenos furtos aqui todo dia. Se ficar dois dias sem nenhum furto aqui na loja é porque os funcionários não estão cuidando. Enfrentamos mais furtos de pequenos produtos, os quais podem ser escondidos. Eles são encaminhados para a Polícia, mas é difícil apurar o crime e a gente fica preocupado, mas a gente espera que melhore”, completa Osmar Filho.
“Muitas vezes, quando a gente desconfia da pessoa, ela já está saindo, daí só percebemos depois que o furto aconteceu na câmera e o prejuízo fica para nós”, completa.
“A presença da Polícia Militar nas ruas é algo muito bom, pois se acontecer algum flagrante já temos os policiais presentes para encaminhar os infratores à Delegacia. Outro fator é realizarmos uma união mais forte para tentar diminuir esse tipo de crime. A Lei hoje, infelizmente, favorece muito este pessoal”, critica o proprietário do estabelecimento comercial. A reportagem inclusive observou a presença da Polícia Militar nas ruas do centro de Paranaguá no dia da entrevista. “Além disso, as lojas vizinhas tentam umas avisar as outras quem já praticou furto, isso ajuda, pois ficamos de olho, mas não é toda hora que isso acontece, infelizmente”, completa Souza Filho.
PEQUENOS FURTOS NÃO POUPAM GRANDES LOJAS
Fernando Mielke, que é funcionário de uma das grandes lojas instaladas no centro de Paranaguá, declarou que percebe o problema dos pequenos furtos pelo menos duas vezes por semana no empreendimento em que atua. “É até meio chato de a gente abordar quando percebe o ato criminoso, pois muitas vezes são pessoas que você nem desconfia que estariam furtando e você tem que ficar de olho, com atuação dos seguranças”, completa.
“As câmeras e, muitas vezes, nem os funcionários seguranças inibem a prática do crime. Constatamos que muitos dos pequenos furtos, que na maioria são de comidas e brinquedos, são cometidos por jovens de 13 a 17 anos, enquanto grandes furtos, que são mais raros e ocorrem em média a cada quatro meses, são praticados por pessoas de 30 e até mesmo de 60 anos, que até mesmo já levaram uma televisão aqui da loja”, afirma Mielke.
Outra característica repassada por Mielke é que os furtos pequenos são cometidos por grupo de mais de seis pessoas, tornando difícil a detecção do delito por parte dos seguranças e, muitas vezes, se escondendo das câmeras. “O que fazemos é nos unir entre as lojas para tentar detectar os autores dos furtos e fazer um trabalho conjunto de monitoramento”, finaliza o funcionário.
