Mãe da youtuber Isabelly afirma que não houve briga de trânsito

Família relata que menina segue em coma no Hospital Regional do Litoral

Após várias versões divulgadas sobre o caso de Isabelly Cristine  Santos, de 14 anos, baleada na cabeça na madrugada de quarta-feira, 14, em Pontal do Paraná, a mãe da menina revelou como tudo aconteceu em coletiva com a imprensa na tarde de  quarta-feira, 14, no Hospital Regional do Litoral.

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Os pais de Isabelly, Rosania Domingos Santos e Sérgio Pereira dos Santos, no momento que saíram da visita à UTI, onde a jovem está internada, afirmaram que os médicos disseram que é preciso aguardar um exame para verificar se o caso é reversível ou não. “Agora ela está em coma e com morte cerebral, mas quando a gente tem fé, nada é impossível. Não posso fazer mais nada, não pertence mais a mim e sim a Deus”, contou Rosania. “Ela está viva e não quero que venham me perguntar se ela vai doar os órgãos, porque minha filha está viva, o coração dela está batendo”, completou a mãe.

Eles ainda relataram como tudo aconteceu no momento dos disparos. “Os culpados já estão presos, atiraram na minha filha a 80 metros de distância. Eles ultrapassaram a gente, não teve briga de trânsito como disseram, nem onde ela foi fazer o evento. Eles alegaram que teve briga de trânsito, mas não teve. A gente simplesmente saiu do evento quando estávamos voltando a Paranaguá e eles atravessaram na nossa frente, jogaram a gente para fora da estrada, fomos fazer o contorno e eles atiraram na janela. Eu só senti os vidros caindo no meu rosto, quando olhei a Isabelly estava caída e achei que tivesse desmaiado por causa do barulho e quando a peguei estava cheia de sangue”, relatou Rosania.

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O diretor do Colégio Estadual Maria de Lourdes Rodrigues Morozowiski, Carlos Eduardo Cardoso Tavares, escola na qual Isabelly estuda, afirmou que todos estão consternados com o ocorrido e que a notícia de ontem abalou a toda a comunidade escolar. “Isabelly é uma menina que nunca misturou as coisas, tinha que viajar, mas sempre se dedicava aos estudos, uma menina bonita por dentro e por fora, uma excelente aluna. É uma situação que deixa a todos da escola extremamente abalados, mas enquanto há vida, há esperança, que ela responda aos estímulos médicos. É um exemplo a todos os alunos, não se deixou abater pela fama”, declarou Carlos Eduardo.

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A amiga e patrocinadora do canal de Isabelly no youtube, Marcelly do Carmo Mello, foi até o Hospital externar seus sentimentos à família e comentou sobre a convivência com a jovem. “Foi uma tremenda crueldade, uma jovem que tem tudo pela frente, tem apenas 14 anos, com tantos sonhos e projetos, muita coisa para realizar. Além de ser minha amiga, eu a patrocinava com a minha loja de acessórios. É uma revolta muito grande, pois ela saiu de casa muito feliz, estava tendo muito retorno do trabalho que estava fazendo, tudo estava dando muito certo, tinha muita coisa que não divulgamos e agora realmente é muito difícil para os amigos e familiares”, relatou Marcelly.

Além de uma possível briga de trânsito, ainda outras versões que a mãe fez questão de desmentir. “Pelo amor de Deus, não houve briga, não houve confusão, não houve briga de namorado, ela não tem nada disso. Saímos cerca de uma hora da manhã, encontramos com um empresário que deu o cartão dele para ela, entramos no carro e quando saímos aconteceu isso. Eles atiraram covardemente, nós não vimos a cara deles, não houve palavrão. Eles são bandidos que não devem ficar na sociedade, têm que ser presos, eu quero justiça, porque tiraram o sonho de uma menina de 14 anos”, ressaltou. “Eles tinham porte de arma e arma registrada, como pode? Saíram para matar mesmo”, concluiu o pai Sérgio.

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ESTADO DE SAÚDE INICIAL

Na manhã de ontem, 14, o médico neurocirurgião, Marcelo Augusto Baroni Sader, conversou com a imprensa no Hospital Regional do Litoral (HRL) e afirmou que o estado da menina era gravíssimo. O profissional destacou que havia uma estabilidade clínica, já que havia batimentos cardíacos e os sinais vitais e que respirava por aparelhos. Mas, que o quadro neurológico era muito grave, pois a bala atravessou todo o hemisfério cerebral esquerdo e ficou alojada na parte posterior da cabeça.

A menina foi encaminhada para a Unidade de Terapia Intensiva (UTI) onde foram realizados exames e protocolos exigidos em situações como esta para atestar se houve ou não morte cerebral. Por isso, pela manhã este diagnóstico ainda não havia sido confirmado.

Segundo o médico Marcelo, primeiramente, os testes são realizados pelo neurocirurgião, depois por um médico intensivista. Se o diagnóstico for fechado para morte cerebral, é necessário um exame complementar por um profissional de Curitiba.