Delegacia eletrônica ainda é pouco utilizada

Uma maneira fácil, rápida e menos desgastante de fazer boletins de ocorrência está à disposição de todos. Trata-se da delegacia eletrônica que, apesar de todos os benefícios oferecidos aos cidadãos, ainda é pouco utilizada por aqueles que precisam comunicar furto ou perda de documentos, placas de veículos ou outros itens. Todos os boletins de ocorrência, tanto aqueles feitos de forma presencial às delegacias, como os realizados de forma eletrônica, são analisados da mesma maneira e auxiliam no trabalho de investigação da Polícia Civil.

A delegacia eletrônica existe há cerca de cinco anos, como contou o delegado da 1.ª Subdivisão Policial, Rogério Martin de Castro. “Ela ainda é muito pouco utilizada em cidades do interior. Em Curitiba utilizam mais. Especialmente em Paranaguá, estou há pouco mais de 20 dias e não recebi nenhum boletim eletrônico ainda”, afirmou.

Mas, vale destacar, que é preciso saber discernir casos em que é possível utilizar a ferramenta eletrônica e quando a presença à delegacia é necessária. O delegado orientou sobre quando os cidadãos podem realizar o boletim de ocorrência da própria casa. “Não são todos os crimes. A população deve usar em casos de furto de documentos pessoais, documentos de veículos, produtos eletrônicos, cartão de banco, todos esses podem ser registrados na delegacia eletrônica. O mesmo para extravio de documentos e produtos eletrônicos, extravio ou furto de placas de veículos e pessoas que estão desaparecidas”, mencionou o delegado.

 

 

Em alguns casos, a presença da pessoa na delegacia para fazer o relato do crime é imprescindível. “Em caso de roubo, por exemplo, que é diferente de furto, não é possível registrar pela delegacia eletrônica, porque precisamos de dados mais precisos sobre o que aconteceu. No caso de roubo há a violência e, por isso, precisa desse relato”, explicou o delegado Rogério. O próprio sistema, neste caso, comunica o usuário para procurar a delegacia mais próxima.

INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS

A delegacia eletrônica no Paraná está disponível no endereço eletrônico. “Todas as informações chegam para a coordenação de informática, que encaminha esses boletins para as delegacias responsáveis. A pessoa pode estar em Paranaguá e comunicar um furto que aconteceu em Curitiba, por exemplo”, alertou o delegado.

Seja da maneira que o cidadão escolher para comunicar o corrido, o boletim de ocorrência é necessário para que a Polícia tenha dados suficientes para chegar ao autor do crime. “Às vezes, temos um dado pequeno a respeito de um crime que aconteceu em um determinado dia e vem outra pessoa e comunica um crime parecido e acrescenta algo que não tínhamos no começo. A gente vai somando todos esses detalhes para que a gente possa chegar à autoria”, contou o delegado.