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Animais e crianças: uma relação construtiva

Psicóloga explica a importância da convivência com os animais na infância

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É inegável o amor que as crianças sentem pelos animais. Ainda mais quando um deles pode morar no quintal de casa. Os animais de estimação influenciam de forma positiva na infância e ajudam as crianças a aprender valores essenciais que serão levados para a vida adulta. A psicóloga Adriana Grosse destacou os pontos principais dessa convivência tão benéfica.

Normalmente, os pais adiam a vontade de ter um animal de estimação pelo cuidado e tempo que ele exige. “Realmente o animal dá trabalho, mas causa muito mais benefícios. É importante ter animal em casa porque ele traz outro mundo para a criança no sentido de trazer um comparativo”, destacou.

No universo infantil, o animal de estimação pode ajudar a agregar valores e trazer reponsabilidades. “Se há um peixe em casa, por exemplo, e ele não for alimentado, a criança vai entender que tem uma consequência. Isso cria uma responsabilidade, pois se não der comida, o peixe vai morrer. Toda ação tem uma reação”, disse Adriana.

Para criar essa responsabilidade na criança, é necessário que os pais façam um acordo com os filhos. “Isso vai passar autonomia para a criança e vai agregar muito. A limpeza do bichinho, prestar atenção às necessidades diárias, do banho, da comida e da água, esses quesitos vão trazer regras e responsabilidades”, frisou a psicóloga.

A convivência também estimula outros benefícios como a elevação da autoestima. “A criança vai brincar com o animal, vai querer que ele faça alguma coisa e ele não vai fazer, por isso é importante para os pais trabalharem assuntos como tristeza, alegria, frustação, o que ajuda no desenvolvimento emocional e afetivo da criança”, ressaltou Adriana.

Um cachorro ou um gato em casa também pode suprir a carência causada pela ausência de um irmão ou dos pais que trabalham fora. Outro ponto importante para o seu desenvolvimento é a capacidade de se relacionar. “Desenvolve a questão da solidariedade, da generosidade, do carinho, além do desenvolvimento físico, que vai depender da idade da criança, mas se ela for pequena vai correr atrás do animal, abraçar e, com isso, ajuda também a coordenação motora”, citou Adriana.

 

APRENDER A LIDAR COM FRUSTRAÇÕES

Um dos principais ensinamentos que os pais podem aproveitar para transmitir aos filhos por meio dessa convivência é com relação ao luto. A psicóloga explicou que muitos adultos não pegam animais porque têm medo deles morrerem. Segundo ela, nós realmente não somos treinados para a morte, mas é importante superar isso, ter o animal e não mentir para o filho.

“Quando um animal morre, alguns pais logo pegam outro e isso não é saudável. O ideal é sentar e explicar ao filho, porque isso é preparar para a vida, para frustações. É importante viver o luto para aprender que as coisas não são do jeito que a gente quer, essa é uma frustração positiva”, afirmou Adriana.

 

MAIS SAUDÁVEL

Pesquisas na área de saúde mostram que o convívio com os animais ajuda na criação de imunidade. “Algumas dizem que com 12 meses, outras com 3 anos, que a criança que tem o contato precoce com os animais acaba desenvolvendo imunidade e tendo menos alergias. Além do que sabemos que os animais fazem trabalhos com terapia, porque é comprovado que existe melhora física, emocional e cognitiva”, frisou. E não são somente as crianças as maiores beneficiadas, estudos mostram que os animais têm um papel de destaque no tratamento da depressão em adultos.

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