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Páscoa

Sexta-Feira da Paixão é dia de recolhimento, diz bispo

Jejum e abstinência constituem-se em uma forma de abrir os corações para o encontro com Jesus ressuscitado

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Muitos cristãos, durante o período da Quaresma ou mesmo apenas na Sexta-Feira da Paixão, se abstém de carne vermelha ou jejuam. O bispo da Diocese de Paranaguá, dom Edmar Peron, explicou que a bíblia apresenta o jejum no Novo Testamento como a possibilidade de preparar os corações para o encontro com Jesus Cristo. “Os apóstolos foram questionados sobre o motivo deles não jejuarem. Disseram a Jesus: por que seus apóstolos não jejuam enquanto os de João Batista o fazem. Ele disse: ninguém pode jejuar enquanto o noivo está presente na festa de casamento. Quando o noivo for tirado, então jejuarão”, citou. “A igreja entende essa passagem referindo-se justamente a essa experiência da morte do Senhor, o Senhor é tirado e, por isso, nesses dias da Quarta-feira de Cinzas, início da Quaresma, e na Sexta-Feira Santa há jejum e abstinência para toda a igreja como uma maneira de abrir os corações para o encontro com Jesus Cristo ressuscitado”, salientou.

De acordo com o bispo, já na Quarta-Feira de Cinzas tinha esse sentido. “Só fazemos Quaresma em vista da Páscoa de Jesus e na Sexta-Feira da Paixão nós o fazemos também porque é quando celebramos o dia em que o esposo nos é tirado, Cristo é crucificado, na cruz é morto e sepultado. A igreja também incentiva o jejum no sábado para assim chegar ainda mais preparado para a Vigília Pascal na noite de sábado”, ressaltou. Dom Edmar destacou que o jejum é realmente para que as pessoas estejam mais abertas e desejosas de encontrarem Jesus Cristo ressuscitado.

Dom Edmar lembrou que a Sexta-feira da Paixão não é momento de mesa farta. “Há algum tempo foi entrando na cultura do povo de que podemos fazer um grande banquete sem usar carne vermelha. Na verdade, a Sexta-Feira Santa não é um dia de banquete, é dia de recolhimento, é o dia da pobreza, é o dia em que somos chamados a experimentar o que é padecer a fome. O jejum consiste em uma única refeição no dia e quem puder deve fazê-lo a pão e água”, orientou.

O bispo enfatizou que a data não é momento de gastar dinheiro com banquetes. “Não é um dia de gastar dinheiro e sim de solidariedades. Se queremos empregar bem o dinheiro na Sexta-Feira Santa que repartamos com quem é necessitado, aí sim esse dinheiro tem um sentido dentro do mistério da morte do Senhor”, avaliou.

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