Olá caríssimo leitor e caríssima leitora do Jornal Folha do Litoral News
Minha saudação fraterna e prece por você e sua família!
Quando procuramos informações nos diversos meios e fontes de comunicação e opinião pública, sentimos que ganha muito destaque o tema da violência. Diante de tantas coisas boas que acontecem e não são veiculadas, até nos desestimula a procurar certos meios ou assistir certos programas que tratam demais da violência.
Violência em casa, no trabalho, nas ruas, nas escolas, nos bares, nas casas noturnas, no trânsito, com vizinhos e até na família; por causa de descontrole emocional, uso de drogas, desentendimentos, abusos (de diversas formas), provocações sem fundamentos, falta de caridade, imoralidades e injustiças. Pensamos: aonde vai dar tudo isso?
A Igreja Cristã Católica, da qual sou membro, cristão e padre, em nosso País, neste ano, reflete sobre o assunto violência. Pela Campanha da Fraternidade, trabalhada principalmente no Tempo da Quaresma (14 de Fevereiro a 29 de Março), reflete a superação da violência, esta prática do uso intencional da força contra a própria pessoa, contra o semelhante ou um grupo de pessoas, que resulta num dano físico, sexual, psicológico e até a morte.
O Brasil é um dos países onde mais acontece a violência. O índice é altíssimo. Supera os países em guerra e os que têm vítimas do terrorismo. O caminho proposto pela Igreja, fundamentado na Palavra de Deus, pensado e querido pelo seu Fundador, Jesus Cristo, é a construção da fraternidade. Ele nos disse que “somos todos irmãos”! (Mt 23,8).
Com a construção da fraternidade, promovemos a cultura da paz, da reconciliação e da justiça. E o começo desta cultura é em casa, também na comunidade fé, para ser estendido ao ambiente de trabalho, de estudo, de convivência, de lazer e no trânsito. Construído com diálogo, proximidade, acolhida, misericórdia e perdão.
Diante da superação da violência todos temos uma parcela de responsabilidade: cada pessoa em particular, as famílias, instituições, comunidades e grupos de pessoas (com suas doutrinas, crenças, filosofias, práticas e ações para o bem comum), igrejas e religiões, ONG’s, empresários e seus funcionários, nossos governantes (no âmbito municipal, estadual e federal).
Sem a fraternidade fica muito difícil o sonho da paz para todos nós. E a violência não acaba com violência, com guerra ou com ódio, mas com a coragem de amar o próximo. Este amor é um ensinamento e prática que deve começar em casa, na família. Nunca incentivar uma criança a ter ódio, a violentar, a dar o troco. Esta é a proposta da Igreja.
Que Deus ajude-nos, homens e mulheres de boa vontade, a construir uma cultura de paz e superarmos a violência com a vida fraterna!
Pe. Eliel