Vivemos num contexto que desafia por demais a estabilidade humana, construída com valores humanos e religiosos, como a fé, a justiça e a caridade fraterna. Ficamos a nos perguntar, aonde chegaremos com a nossa história? Quem vai nos salvar desta realidade de insegurança, medo e incertezas que estamos passando?
O que nos parece é que nunca se noticiou tantos casos de violência, de roubo, de assalto, de corrupção, de morte, de acidente… como em nossos dias. Pelos jornais televisivos, impressos e virtuais, pelas rádios, Internet, redes sociais, nas rodas de conversas e em ambientes públicos, dificilmente não se fala dessas situações e da realidade em que vivemos.
Ouço muitos que dizem que o nosso povo está com medo. Medo de sair de casa e, quando voltar, perder para o ladrão os bens que conquistou com tanto sacrifício; medo de ir ao banco receber o fruto do seu trabalho e ser assaltado; medo de ir para o trabalho e sofrer alguma agressão de bandidos e ladrões; medo de ficar no ponto e dentro do ônibus e ser roubado; medo de ir ao shopping, visitar os amigos e famílias e até mesmo de ir à igreja à noite por falta de segurança; medo no trânsito de sofrer algum acidente…
Perguntamo-nos: o que acontecerá futuramente com a política, com a economia, com os valores humanos e religiosos, com as instituições, sobretudo a escola e a família? Como se comportar para não perder o encanto pela vida, não cair numa depressão e não buscar as drogas como sentido para viver? Como permanecer fiel à esposa/ ao esposo quando chegam algumas coisas que não são encomendadas como o desemprego, a doença ou um erro na vida? Onde buscar forças, ânimos e coragem para continuar a fazer a vida valer a pena?
A história conheceu muitos humanistas, filósofos, religiosos que propuseram respostas ao sentido da vida. Eu procuro ficar com as de Jesus de Nazaré. A luz que dEle vem me ilumina e ensina que para ser feliz a vida não pode ser vivida e nem convivida numa perspectiva egoísta, mas altruísta, isto é, para e com os outros.
Por natureza somos frutos do amor entre duas vidas, crescemos com os outros e nada melhor que aprender e desenvolver essa lição e continuar assim. As pessoas – da família, os amigos, colegas… – são muito importantes em nossas vidas. Com elas compartilhar, pedir ajudar, apoio e direcionamento até mesmo nos momentos difíceis nos devolvem o encanto, o sentido da vida e, sobretudo, para quem vive uma religião, faz muito bem um tempo de recolhimento, de oração, de meditação, porque a fé e a religião ajudam muito o ser humano a ter uma vida integrada. Quando Deus é expulso pelo ser humano, o homem fica à própria sorte!