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Meio Ambiente

Proibição do uso de canudos plásticos poderá vigorar em estabelecimentos de Paranaguá

Os plásticos nos oceanos podem causar danos físicos a animais, além de poder liberar elementos químicos, que são cancerígenos (Foto: Divulgação)

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Projeto de Lei foi visa a reduzir o impacto ambiental causado pelo plástico

Na segunda-feira, 20, a Câmara de Paranaguá aprovou projeto de lei de autoria do vereador Thiago Kutz que dispõe sobre a proibição do fornecimento de canudos plásticos em estabelecimentos do município, dentre eles hotéis, restaurantes, bares, padarias, quiosques e ambulantes. A medida foi aprovada pelos legisladores e pode passar a vigorar em Paranaguá, caso seja sancionada pelo prefeito Marcelo Roque. 

Segundo a assessoria da Câmara de Paranaguá, o projeto de lei não só pretende impedir os proprietários dos estabelecimentos de fornecer canudos de plástico, como também gera a quem infringir a medida possíveis advertências e pagamento de multas, caso ela entre em vigor. 

“De acordo com o texto da lei, até mesmo clubes, salões de dança e música ficarão proibidos de fornecer canudos plásticos em seus ambientes. No entanto, canudos de papel reciclável, biodegradável ou metálico poderão servir como substitutos ao material plástico”, explica a assessoria da Câmara.

BIÓLOGO DEFENDE MEDIDA PROPOSTA EM PARANAGUÁ

Com o projeto de Lei aprovado em Paranaguá, a cidade entra em sintonia com outros municípios que passaram a proibir o uso de canudos com material plástico, como Curitiba e Rio de Janeiro. 

“O projeto é de suma importância para que a população entenda que não podemos gerar o tanto de lixo que hoje produzimos. Geramos, em média, um quilo de lixo por dia e metade disso pode ser reciclado. Quando incentivamos a não geração, estamos contribuindo para termos um ambiente mais saudável e equilibrado”, afirma o biólogo e professor universitário Raphael Rolim de Moura, especialista em Gestão e Planejamento Ambiental e Mestre em Meio Ambiente e Desenvolvimento, o qual já foi secretário de Meio Ambiente de Paranaguá e hoje atua na Diretoria da Coordenação da Região Metropolitana de Curitiba da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Urbano (COMEC-SEDU).

De acordo com ele, há urgência na redução de itens plásticos no meio ambiente. “A luta maior é contra os plásticos em geral. Discutindo a questão dos canudos esperamos trazer a discussão dos demais plásticos. Segundo o Fórum Econômico Mundial, existem 150 milhões de toneladas métricas de plásticos nos oceanos”, explica Raphael de Moura. “Os plásticos nos oceanos podem causar danos físicos a animais, além de poder liberar elementos químicos, que são cancerígenos e podem causar distúrbios hormonais”, complementa.

Segundo o biólogo, com relação aos canudos plásticos, há alternativas simples a serem adotadas por comerciantes e consumidores, como canudos de bambu reutilizáveis e outros de aço inox, algo que deve ser também disponibilizado por comerciantes e empresários. “O que existe é um período de transição. Toda transição tem a tendência de ajustes que devem ser realizados”, comenta, sobre a questão dos comércios e possível proibição de canudos plásticos.

 

*Com informações da ONU e assessoria da Câmara de Paranaguá.

 

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