Todos sabem que a Maçonaria esteve presente em todos os momentos decisivos e importantes de nossa pátria, emprestando excepcional contribuição para a formação de nossa nacionalidade.
Os Maçons não estiveram ausentes de nenhum importante acontecimento histórico do Brasil, da maioria deles foram os elementos promotores. Assim foi que o “Fico”, “A Proclamação da Independência”, a “Libertação dos escravos” (através da Loja Perseverança de Paranaguá), a “Proclamação da República”, os maiores eventos de nossa pátria, foram fatos organizados no âmbito das lojas maçônicas ou com a decisiva participação de seus membros.
Antes de tudo isso, já na Inconfidência Mineira, a Maçonaria empreendeu luta renhida em favor da libertação de nossa pátria. Todos os conjurados, sem exceção, pertenciam à Maçonaria: Tiradentes, Tomás Antonio Gonzaga, Cláudio Manoel da Costa, Alvarenga Peixoto.
Outro não poderia, portanto, ter sido o modo como surgiria a Bandeira Nacional do Brasil.
Conta a história que em 10 de novembro de 1889, em uma reunião na casa do Maçom Benjamin Constant, onde compareceram os também Maçons Francisco Glicério e Campos Salles, foi decidida a queda do Império. Nessa reunião, Benjamin Constant foi incumbido de persuadir o Marechal Deodoro da Fonseca, já que este era muito afeiçoado ao Imperador, resultando que Deodoro assumiu o comando do movimento e proclamou a 15 de novembro de 1889, a República no Brasil.
Benjamin Constant, que foi também um dos idealizadores da bandeira, foi quem teria sugerido a colocação do cruzeiro do sul invertido, como se visto de fora da nossa galáxia. A disposição das estrelas corresponderia à configuração do céu na cidade do Rio de Janeiro no dia 15 de novembro de 1889.
O principal idealizador da bandeira pós-república foi Teixeira Mendes, presidente do Apostolado Positivista do Brasil, com colaboração de Miguel Lemos e Manuel Pereira Reis, este, catedrático de astronomia da Escola Politécnica do Rio de Janeiro. As justificativas da Bandeira Nacional foram feitas por Teixeira Mendes, no Diário Oficial do dia 24 de novembro. O dístico "ORDEM E PROGRESSO' foi tido na época como influência do positivismo e durante algum tempo, julgou-se que o positivismo estivesse ligado à influência da Proclamação da República. Hoje sabemos que o mote em questão sempre envolveu a Maçonaria e que o primeiro ministério formado era, quase em sua totalidade, constituído de Maçons.
Em outras palavras, o lema da Bandeira do Brasil “Ordem e Progresso” é inspirado na divisa de Augusto Comte, da doutrina Positivista: L'amour pour principe et l'ordre pour base; le progrès pour but (Amor como princípio e ordem como base; o progresso como fim). Os republicanos, portanto, de modo abreviado, o adotaram para a Bandeira do Brasil.
Yassin Taha
Dep. Federal GOB – Loja Perseverança 0159 Paranaguá