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O País do Carnaval vive de novelas

“(…) A nomeação da deputada Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho é uma delas”.

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O País do Carnaval vive de novelas. A nomeação da deputada Cristiane Brasil para o Ministério do Trabalho é uma delas. Aquém do erro na escolha, fatos ampliam sua dimensão, e o Governo bate o pé para sustentar seu ego, por pirraça e birra. Às vezes, pessoas, sem percepção dos fatos à sua volta, sem discernir o que é real do que é “achismo”, vão criando tristes distanciamentos entre elas. Não se pode sacrificar o cão por uma mordida. Há que se dar mais valor ao que é de fato importante, além de um momento de ira. O que fazer diante de pessoas que percebem seu erro e insistem em levá-lo até as últimas consequências? Pedir que Deus as proteja delas mesmas. 

Outra novela é a protagonizada por Lula, de escapar das consequências de condenação, cujo enredo envolve coadjuvantes como o Supremo Tribunal Federal, e a tentativa da negação do fundamento de outra novela: a Operação Lava Jato.  

Outro episódio novelístico, é o desconforto instalado entre a sociedade, e o judiciário, que foi apoiado por ela durante as investigações e sentenças, e  agora ensaia uma crise de relacionamento ao se discutir o fim de benesses como auxílios-moradia, mega salários e outras vantagens tão distantes do trabalhador brasileiro.

Ao mesmo tempo, se vive a novela mais cruel da história, a da reforma da Previdência, que se utiliza da capa de “necessária”, para de forma perspicaz, banir direitos do aguerrido trabalhador.

Milhões de pessoas foram as ruas do país nos últimos dias. Protestavam a favor da condenação do Lula? Contra ou a favor do governo Michel Temer? Da reforma previdenciária ou trabalhista? Contra a posse da deputada Cristiane Brasil no Ministério do Trabalho? Do auxílio-moradia ao judiciário e ao legislativo? Contra a falta de julgamento dos políticos com mandato pelo STF? O Governo é espelho da sociedade, e a sociedade, é anticorrupção, mas pró-Carnaval. O brasileiro está cansado de escândalos, roubos, crises, cortes, desgraças e confusões, mas nunca se cansa de carnaval, e no país do carnaval, tudo acontece depois dele. Porém, o país do Carnaval, é também o País do futebol, e no cenário político, tudo só acontece, realmente, depois dele. 

Passado o Carnaval, que venha a copa do mundo, e finalmente as eleições, mas, a famigerada esperança na democracia, tenta disfarçar problemas que não podem esperar, não só porque envolvem vidas, mas porque podem criar um terreno fértil para fascistas e autoritários. 

Que Deus nos proteja, de nós mesmos, da maldade humana, e dos corações perversos. 

Paulinho Oliveira é cientista político, administrador de empresas, bacharelando em Direito, empresário, secretário municipal de Saúde e Prevenção da Prefeitura de Paranaguá, e presidente estadual da juventude do PODEMOS no Paraná.

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