conecte-se conosco

Instituto Histórico e Geográfico de Paranaguá

Sete De Setembro, experiência de Julius Platzmann

Na Coluna do IHGP dos finais de semana do mês de abril de 2017 comentamos sobre a contribuição estrangeira para a história natural e…

Publicado

em

Na Coluna do IHGP dos finais de semana do mês de abril de 2017 comentamos sobre a contribuição estrangeira para a história natural e cultural do litoral paranaense. Dentre os citados estava Julius Platzmann, nascido em Leipzig, na Alemanha, em 31 de março de 1832, falecendo em 1902 no seu próprio País.

Entre 1858 e 1864 viveu na região de Guaraqueçaba, visitando Paranaguá algumas vezes. Vejam partes do que escreveu à sua mãe sobre o dia da Independência do Brasil, explicando os símbolos deste dia festivo (citações do livro “Da Baía de Paranaguá, traduzido por: Francisco Lothar Paulo Lange, Curitiba, 2010):

“Três moedas de ouro… foram o quanto a Câmara Municipal de Paranaguá me pagou por uma pintura transparente, excepcional e altamente satisfatória! …Sete de setembro é o Dia da Independência do Brasil. Há muitos meses deixei em Paranaguá um esboço de uma aquarela que expressava uma ideia patriótica. No Cruzeiro do Sul – para o Brasil muito significativo, pois tem o nome de O Império da Santa Cruz – reluzia na agradável bandeira brasileira o globo terrestre cercado por uma coroa de estrelas, representando vinte províncias. De um dos lados, num rolo de papel aberto, destacava-se à esquerda uma lança e à direita, um remo, ambos enfeitados com fitas flutuando ao vento. No primeiro, como símbolo da soberania, o Genius Europa com espada à cintura e no brasão segurando um ramo de café importado. No outro, um jovem índio adornado de dourado e penas, armado de arco e flecha, orgulhosamente olhando à frente, numa das mãos, segurando um remo simbolizando um povo errante em terras com muitos rios e na outra oferecendo um arbusto de tabaco. Entre os dois, próximo a ramos colhidos de mandioca e a uma enxada – atributo da classe trabalhadora – e numa posição um tanto oprimida, um chistoso menino negro sorria. O representante de três continentes, europeu, americano e africano em situação oposta, unidos sob a cruz de Cristo e o Império Brasileiro. O todo foi desenhado em formato de círculo e cercado por um cordão grego de cor azul-ultramarino. No centro escrevi: Viva Dom Pedro II, Imperador e Defensor Perpétuo do Brasil….Mas também foi triste! Aparentemente, após uma demasiadamente intensa iluminação, justamente quando a expectativa do público atingia o auge, minha obra ficou em chamas. …Abandonei o local da festa como Napoleão, o Kremlin…”

 

Guadalupe Vivekananda

Presidente – IHGP

                                  

Publicidade






Em alta

plugins premium WordPress