Fábio Campana

Segue o baile

Na política nativa, as dores da transição. É óbvio que Cida Borgheti terá que substituir gente que está no poder.

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Na política nativa, as dores da transição. É óbvio que Cida Borgheti terá que substituir gente que está no poder. Há cargos que exigem ocupantes do relacionamento pessoal da nova governadora. A secretária chefe do gabinete, por exemplo. É ela quem cuida da agenda e quem filtra e ordena os compromissos de Cida Borghetti. Lucília Felicidade Dias faz isso há anos e sabe muito bem quais são as prioridades.
Há as contradições políticas. Espaços ocupados por adversários explícitos, como Ratinho Jr, são agora comandados pelo novo governo. A Secretaria do Desenvolvimento Urbano mudou todos os cargos em comissão. E as necessidades políticas. Os que saíram para se candidatar a alguma coisa devem desocupar a moita com toda a sua entourage.
Há certa flexibilidade nesse processo, considerando que é um governo de continuidade. Mas não há dúvida de que muitos terão que desocupar a moita. Isso impõe sacrifícios e até alguma revolta. Inevitável. Quem ocupa cargo de confiança não é vitalício nem tem estabilidade garantida. Devem sair, sem chororô de preferência, para não dar aquele show de indignidade e opróbrio. 

Ah, ah, ah

Em seu Twitter, Requião dá o troco porque ficou fora da pesquisa do Ibope. Diz que recebeu outra pesquisa, impublicável, óbvio, e insinua que está arrombando. A desfaçatez do Duce é incrível. Olha a mensagem: “Apesar do Ibope e a CBN terem retirado meu nome da pesquisa para o governo do Paraná, chega, hoje, a meu conhecimento, pesquisa de instituto idôneo. Deus meu! Obrigado, Paraná!”

Lupi entre Osmar e Ciro

Pré-candidato ao governo do Paraná, Osmar Dias (PDT) já avisou ao presidente da legenda, Carlos Lupi, que não vai apoiar Ciro Gomes ao Planalto. Isso porque não abre mão de trabalhar pela candidatura do irmão, o senador Alvaro Dias (Podemos). Apesar de Lupi garantir que a situação não abala o partido, o clima interno é ruim. E Lupi terá problemas para montar o palanque de Ciro no Paraná. 

Gleisi muda sobrenome

A nova moda vermelha: adotar o nome de Lula em documentos e votações. Gleisi pediu para se chamar Gleisi Lula Hoffmann, se o caso for permitido oficialmente, novas contas surgirão para pagarmos: carimbos, cartões e todo novo material de divulgação parlamentar.

Acampamento cresce 

O acampamento de vigília por Lula permanente no bairro Santa Cândida quadruplicou de tamanho. Segundo o Movimento Sem Terra (MST), cerca de mil pessoas ocupam o entorno da Superintendência da Polícia Federal em Curitiba, em sua maioria sem-terra, mas há também sindicatos e movimentos de esquerda.

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