Alguém acredita que qualquer dos condenados por corrupção ficará muito tempo na cadeia? O maior caso de corrupção da História antes da Lava Jato, o Mensalão relatado pelo ministro Joaquim Barbosa rendeu 26 condenações de figurões do governo Lula, mas o próprio Supremo Tribunal Federal (STF) se encarregou da pizza, reduzindo penas, mandando para o regime aberto e até perdoando condenações de corruptos notórios. Se a história se repetir, qualquer réu da Lava Jato tem tudo para garantir a impunidade.
Vejamos um exemplo. O mensalão estourou em 2005. As primeiras condenações foram em 2008. Condenados como José Dirceu e José Genoíno estão livres. O “dono” do PR, Valdemar Costa Neto, o petista João Paulo Cunha e o “denunciante” do PTB Roberto Jefferson também estão soltos.
Premonitório, Delúbio Soares disse que o Mensalão ia virar piada de salão. Ele e Henrique Pizzolato, que fugiu para a Itália, estão livres.
Bier vai de Ratinho Jr
Enquanto o STF discutia o destino de Lula e talvez do País, aqui corria solta a campanha eleitoral. O deputado estadual Ademir Bier assinou a ficha de filiação do PSD. Bier, que está no quinto mandato como deputado estadual e foi prefeito de Marechal Cândido Rondon, tinha um histórico de mais de 45 anos de PMDB sem nunca ter mudado de partido.
Lupion será o líder
Romanelli, do PSB, desistiu da empreitada e não será o líder de Cida Borghetti na Assembleia. A verdade é que a moçada do PSB anda mais perdida que a defesa da seleção naquele 7 a 1. Oscila segundo as circunstâncias e passa de um lado para outro a todo momento. Pois, pois, ainda sem saber se terá candidato a presidente da República, os “socialistas” imaginam as fórmulas possíveis, cultivam a indefinição e deixam de lado os compromissos que podem amarrá-lo de vez.
Oriovisto no jogo
O empresário Oriovisto Guimarães, ex-presidente do grupo Positivo, decidiu abandonar o espaço de conforto, que frui desde que deixou a direção de suas empresas, para aceitar o convite de Alvaro Dias e entrar no Podemos para ser candidato a senador na chapa de Osmar Dias, do PDT.
Pior na ditadura
Pior, no Brasil, foram os tempos de medo, censura, autocensura. Nem mesmo ministros de tribunais superiores ficaram imunes à truculência.