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Fábio Campana

Fábio Campana

Dilma Rousseff, inconformada por ser defenestrada, promete “a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer”.  – Isso parece…

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Barbárie nas ruas

Dilma Rousseff, inconformada por ser defenestrada, promete “a mais firme, incansável e enérgica oposição que um governo golpista pode sofrer”.  – Isso parece incluir insuflar a escalada da violência nas ruas, como aconteceu em Curitiba. A própria Dilma e as chamadas “forças progressistas” que se alinharam contra o impeachment terão de assumir que a barbárie é um meio plenamente justificado para defender “os interesses populares”. Esse, na verdade, é o argumento daqueles que pregam a adoção de regimes de força ou o emprego de meios do terror para dobrar a sociedade a seus desejos – ou “sonhos”, como gostam de dizer.

O que acontece nas ruas – mas também em repartições públicas e universidades – é extremamente preocupante. Em primeiro lugar, porque pode ser o prenúncio de uma grave disputa política e social cuja simples possibilidade é preciso exorcizar. Em segundo lugar, porque ocorre no momento em que a pacificação nacional é indispensável para que toda a energia do governo e da sociedade se concentre no enorme desafio da reconstrução nacional.

 

Grotesco

Um grupo de manifestantes contrários ao presidente Michel Temer (PMDB) promoveu um ato, em Curitiba, na noite de quinta-feira. Houve pichações e depredações. O protesto foi marcado através de redes sociais por um grupo chamado Coletivo CWB Contra Temer. Os organizadores não informaram quantos manifestantes havia; a Polícia Militar calculou 400 pessoas.

 

Futuros combates

A surpresa por Dilma Rousseff ter conseguido manter seus direitos políticos só não foi maior do que o discurso com tom belicoso pronunciado pela ex-presidente, que prometeu tudo. Oposição cerrada, movimentação nacional, a promessa de que “voltaremos” e por aí vai, no lugar de uma fala forte mas menos provocadora. Chegou a dizer “governo de corruptos”, como que, de seu lado, estivesse um partido de santos.

O PT diz que não vai reconhecer o governo de Michel Temer: novos combates, novas manifestações. Resta saber se Dilma tem uma militância nacional ou se o que restou no PT vai se agarrar mesmo em Lula.

 

Mudança

Michel Temer não sabe se mudará para o Palácio da Alvorada ou se permanecerá no Jaburu. Na volta da China, estimando-se que Dilma logo deixe o Alvorada, quer mostrar as dependências para a mulher Marcela.

 

Vai assumir

A primeira-dama Marcela Temer deverá passar a atuar logo no programa Criança Feliz, coordenado pelo Ministério do Desenvolvimento Social. O programa será lançado na terceira semana de setembro, com grande evento no Palácio do Planalto. Será o atendimento a 4 milhões de crianças de zero a quatro anos do Bolsa Família.

 

Bem calculado

Ao garantir os direitos políticos de Dilma, Renan Calheiros mostrou que tem liderança no PMDB e aliados dizem que ele garantiu o apoio do PT em sua sucessão. Também ninguém no partido viu um gesto de rebeldia na abstenção de Eunício Oliveira, líder da sigla no Senado. Seu voto garantiu a posição de Renan e mandou um recado ao pessoal do PSDB.

 

 

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