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Fábio Campana

Fábio Campana

O desemprego no Brasil continua a crescer. O País tem agora 14,2 milhões de desempregados, segundo o IBGE. Número 14,9% superior à pesquisa…

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14,2 milhões de desempregados

O desemprego no Brasil continua a crescer. O País tem agora 14,2 milhões de desempregados, segundo o IBGE. Número 14,9% superior à pesquisa anterior. Em fevereiro, o Brasil tinha 13 milhões de desempregados. Isso equivale a 1,8 milhão de pessoas a mais desempregadas. Os dados fazem parte da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua) divulgada hoje, no Rio de Janeiro, pelo IBGE, com os resultados do primeiro trimestre.

Nunca antes, na história desta República, chegamos a desemprego tão alto. Esta situação, agravada pelo desalento provocado pelas reformas trabalhista e da previdência, mais a dificuldade para aquecer a economia e o descrédito total de governantes, parlamentares e políticos de toda a espécie, explicam o sucesso parcial do movimento grevista de sexta-feira, convocado para protestar contra as reformas e contra os governos.

                O Brasil, definitivamente, não é para amadores.

Batismo de fogo

As manifestações de hoje, além de protestos contra as reformas trabalhista e previdenciária, ganharam conotações político-eleitorais bem pontuais. A concentração defronte à sede da FIEP serviu de plateia para discursos também contra o presidente da entidade, Edson Campagnolo, que é cogitado para uma disputa majoritária no ano que vem, como senador ou vice em uma das chapas. É, por assim dizer, o batismo de fogo de Campagnolo, que sai do conforto da vida empresarial para a exposição no contraditório da vida política, que não é para amadores. Teve que ouvir denúncias acompanhadas de adjetivos chulos, daqueles que exigem retirar as crianças da sala.

Apoia a greve

O Ministério Público do Trabalho declarou que a greve tem respaldo jurídico na Constituição Federal e nos Tratados Internacionais de Direitos Humanos ratificados pelo Brasil. O procurador-geral Ronaldo Curado Fleury enfatiza o direito à greve e que compete aos próprios trabalhadores decidir se querem exercê-lo e por quais interesses o farão e apoia a motivação que está em pauta. Portanto, o MPT não apenas reconhece a legitimidade do movimento de ontem, como também se junta ao coro de que é contra à reforma trabalhista.

Sem saída

Assim como fez nesta semana, quando a Câmara aprovou a reforma trabalhista, o presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ), vai proibir viagens oficiais de deputados no período em que há previsão de votação da reforma da Previdência. A manobra é para evitar que possíveis deputados infiéis se “escondam” em outros países. Aliados com viagens marcadas estão sendo orientados a remarcar compromissos.

 

Vai abrir o bico

O ex-ministro Antonio Palocci vai mesmo delatar, e isto já é conhecimento de todos. Para auxiliar na delação ele contratou um novo advogado, o criminalista Adriano Bretas. Palocci já mandou avisar que vai dar detalhes das negociações de figuras importantes do mercado financeiro nas campanhas políticas. Seu outro advogado, José Roberto Batochio, pelo que parece não concordou com a delação e preferiu se retirar da defesa. Batochio também atua na defesa do ex-presidente Lula. O ex-ministro estava entre as 87 testemunhas de defesa listada pelo ex-presidente, com a confirmação da delação, Palocci, como se pode ver, deverá ser retirado da lista.

Nos arraiais do PT e assemelhados a tremedeira é grande. Se Palocci, que se sente traído, falar, cai a República, dizem. Imaginem o que vai acontecer se ele entregar todas as falcatruas feitas no sistema bancário. Ele é a memória viva de tudo que aconteceu nos bastidores da alta cúpula do PT desde os primórdios até a queda de Dilma.

Tem que devolver

O ministro do TSE – Tribunal Superior Eleitoral – Henrique Neves, deixou de atuar no dia 11 de abril. Sua última ação foi a reprovação das contas do diretório nacional do PSDB do ano de 2011. Neves estipulou que a sigla devolva aos cofres públicos R$ 3,9 milhões. Ele decidiu também que cerca de R$ 260 mil seja transferido para o fundo partidário e que destine pouco mais de R$ 2 milhões para o incentivo à participação feminina na política. O partido entrou com recurso porque acredita que a decisão deixou de cumprir uma etapa da análise de contas conforme as regras do próprio Tribunal. Vale lembrar que há seis anos o presidente do partido era Sérgio Guerra que faleceu em 2014. Então o recurso é analisado e tudo fica como está.

Em Curitiba

O ex-presidente Lula não gostou da decisão do juiz Sérgio Moro que exige a presença em todos os depoimentos de suas 87 testemunhas. E ficou mais brabo quando Moro disse que poderia rever a decisão desde que Lula reavaliasse sua lista, eliminando algumas testemunhas já ouvidas. Uma coisa é certa, mesmo sem sua intenção, Lula acaba de perder uma testemunha, Antonio Palocci que vai delatar.

Candidato

Pela primeira vez o ex-presidente Lula, falou abertamente que pretende sim concorrer às eleições presidenciais do ano que vem. Ele afirma ainda que terá condições jurídicas de concorrer, confiante de que não existem provas contra ele. Sobre a delação de Antonio Palocci, afirmou que não está preocupado, ele acredita que o ex-ministro está agindo como qualquer pessoa que esteja preso.

 

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