Fábio Campana

Armadilhas do poder

Ora, pois, a senadora nativa Gleisi Hoffmann é uma carta ambígua no quadro do PT.

Ora, pois, a senadora nativa Gleisi Hoffmann é uma carta ambígua no quadro do PT. Presidente do partido, grita no microfone, fala para a militância, visita acampamentos. Mas acabou se transformando em garota de recado de Lula, que é quem realmente toma as decisões. Lula também determinou, veja só, que ela conduza as alianças para as eleições. O seu poder vem de Lula, é autorizado por ele e só funciona na condição de porta-voz.
Por outro lado, ser a preferida do chefe tem causado alguns dissabores, tem gente que critica todo esse holofote. A aposta dos correligionários contrários à figura de Gleisi é que se o seu julgamento for marcado pelo Supremo, ela será substituída, o nome mais cotado para falar pelo partido é de Alexandre Padilha, ex-ministro da Saúde.

Moro nega privilégios

Embora Gleisi Hoffmann tenha ido conversar com Raul Jungmann para que Lula pudesse “ter uma flexibilidade” ao que diz respeito a suas visitas, quem bate o martelo sobre o assunto, é Sergio Moro. E o juiz negou o privilégio, disse que “além do recolhimento em Sala de Estado Maior […] e disponibilização de um aparelho de televisão […] nenhum outro privilégio foi concedido, inclusive quanto a visitações”. Segundo Moro, porque isso inviabilizaria “o adequado funcionamento da repartição pública”.

PT se muda para Curitiba

O endereço da sede nacional do PT agora é Curitiba. É o anunciado pelo partido. Mas parece que é só coisa simbólica/ideológica mesmo, a estrutura física continua sendo em São Paulo. Com isso, as autoridades petistas e suas siglas de apoiadores despacharão da frente da PF, do escritório do partido ou de uma casinha de sapê, não se sabe.

Tempo de Lula

A medida durará o tempo da prisão de Lula, doze dias ou doze anos. Afinal de contas, Gleisi Hoffmann, cada vez mais, é vista como presidente-fantasia. Para valer mesmo, em termos de decisão, a palavra final é a de Lula.

Deputados na janela

Vinte e dois por cento dos deputados estaduais resolveram aproveitar a abertura da janela partidária para pular para outro lado. Doze dos 54 fizeram isso. A pensar sobre as eleições, Ratinho Jr foi o que mais atraiu nomes; estão com ele no PSD: Ademir Bier (ex-PMDB), Francisco Bührer (ex-PSDB), Reinhold Stephanes Júnior (ex-PSB), e Mauro Moraes (ex-PSDB). Mara Lima, que era do PSDB, agora faz parte de PSC, que também apoia a candidatura de Ratinho.
 

Armadilhas do poder

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