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Especial Porto de Paranaguá

Diretor-presidente da Appa fala sobre a evolução do Porto de Paranaguá

Estrutura e modelo de gestão reconhecidos justificam a 2.ª posição no ranking nacional em movimentação de cargas

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Novos investimentos, modelo de gestão integrado com todos os atores envolvidos e pacto criado a fim de melhorar a qualidade do serviço prestado aos clientes e qualidade de vida à comunidade são alguns dos quesitos que fizeram com que o Porto de Paranaguá se destacasse. Quem conta sobre essas e outras questões que influenciam diretamente na vida do trabalhador portuário e de toda a comunidade, Estado e País, é Luiz Henrique Dividino, o atual diretor-presidente da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa).

 

Folha do Litoral News: Em se tratando de Brasil, em que patamar está o Porto de Paranaguá?

Dividino: O porto evoluiu muito nesses seis anos. Como movimentador de carga, somos o 2.º, Mas, somos o primeiro no agronegócio que sustenta o País desde a década de 1990. Somos grandes produtores de grãos e exportadores de farelo e soja. Independentemente de sermos o 2.º em movimentação de carga, a relevância dele no contexto estadual e federal acaba sendo muito maior. Nós somos um fator que melhora a performance da balança comercial no Brasil. Quando falamos de meio ambiente, tem muitos portos que ainda não têm licença ambiental. Éramos um dos últimos portos do Brasil e hoje somos o terceiro que melhor desempenhou nos últimos seis anos. Meio ambiente é cuidado com a população, ficamos muito orgulhosos quando alguém vem aqui e nos diz que o porto é um dos locais mais limpos da cidade. Quando temos esse feedback, nos consideramos o melhor do Brasil.

 

Folha do Litoral News: Quais foram os investimentos feitos pelo Porto para elevar o status e configurar entre os melhores do Brasil?

Dividino: O porto de Paranaguá fez o maior portfólio de investimentos do País. Nós mapeamos todo o potencial e enxergamos que precisávamos melhorar o serviço de contêiner, da carga geral, do granel e saiu uma série de ações. A mais importante foi o retorno dos investimentos, coisa que não se fazia há mais de uma década. Já investimos mais de 600 milhões e temos mais 400 para investir até 2018. Quando chegamos estava endividado, e fomos tratando todos os problemas, o que nos permitiu fazer um grande investimento. De 2011 a 2016, tivemos uns 2 bilhões de reais de investimentos e, às vezes, não percebemos. Ainda temos um potencial de cerca de 3 bilhões de reais de investimentos que podem acontecer imediatamente. Com a revisão da poligonal, possibilitamos que qualquer grande companhia investisse em Paranaguá. Estamos muito perto de oferecer o melhor serviço do Brasil, esse fator vai garantir o futuro do porto, vai gerar emprego e renda.

 

Folha do Litoral News: A carga geral é a que mais integra mão de obra de TPAs, como está a movimentação deste modelo de mercadoria?

Dividino: Recentemente, tivemos duas audiências públicas para carga geral e por que aloca muita mão de obra? Porque é preciso dirigir carro por carro, é muita gente para trabalhar, pois são 120 carros por hora. No caso da carga geral de celulose ou mesmo de açúcar, queremos manter todas essas cargas. Entre um navio que opera mil toneladas por dia e outro 13 mil toneladas, eu tenho que dar preferência para o de 13 mil, porque ele não só vai gerar mais riqueza e renda, mas desperdiçamos menos. A carga geral foi onde tudo começou e nós não vamos deixá-la morrer, vamos continuar alimentando esse sistema.

 

Folha do Litoral News: Sobre a questão das vias de acesso ao porto, quais foram os entraves para que as obras não tenham ocorrido em 2016?

Dividino: Primeiro é importante lembrar de quem é a competência e jurisdição das coisas. Nós temos a Avenida Bento Rocha, que é uma via de responsabilidade do DER, nós temos a BR-277, a Ayrton Senna, de responsabilidade do DNIT. O que nós vimos nos últimos seis anos, é que não estavam conseguindo manter por uma série de motivos. A Appa então tentou alocar alguns recursos para investir. De fato houve um problema de projeto, que eu não reputo, no caso da Bento Rocha, ao DER. Existem erros de drenagem, de cruzamento de passagem, o que era para ser uma ciclovia virou uma piscina. O nosso recurso está disponível para a Bento Rocha e agora estamos esperando o DER concluir projetos, vamos pedir para que eles nos auxiliem na licitação, pois temos duas licitações e foram frustradas. Já no caso da Ayrton Senna, nos prontificamos da mesma forma. A única coisa que o porto pode fazer, e está fazendo com muito esforço, é tirar uma parte do nosso recurso aqui para disponibilizar para as obras lá. No viaduto da entrada da cidade, disponibilizamos o recurso. Mas, o projeto que nos trouxeram não conseguiu aprovação na prefeitura, nem no meio ambiente. O que podemos fazer se o projeto que nos disseram que estava pronto, não estava? A prefeitura não quer pôr dinheiro, o DER não tem, o DNIT não tem, estamos oferecendo o dinheiro e se tem alguém que tem que fazer acontecer agora são as outras autoridades.

 

 

Foto: AEN

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