Como anunciado pelas autoridades dos municípios litorâneos, a região não terá programação de Ano-Novo promovida pelas prefeituras em função da pandemia de Covid-19. Apesar das praias permanecerem abertas para receber visitantes, a medida tem como objetivo evitar a aglomeração de pessoas.
O último Réveillon atraiu cerca de um milhão de pessoas ao litoral paranaense. A Ilha do Mel é um dos destinos mais movimentados no fim de ano na região e, com as festas suspensas, a expectativa é ao menos preencher a quantidade de reservas nos hotéis e pousadas permitidas pelos decretos.
O presidente da Associação dos Comerciantes da Ilha do Mel (ACOIM-Rede Empresarial), Carlos César de Paula Gnata, comentou o limite de reservas que podem ser feitas em cada pousada.
“Na Ilha do Mel, que é um destino natural e tem uma possibilidade muito menor de aglomeração, a expectativa é que a gente tenha uma ocupação dentro do limite que a Vigilância Sanitária nos deu, que é em torno de 65% de hospedagens, desde que obedecendo a todos os critérios”, afirmou Gnata.
A Ilha do Mel foi reaberta no dia 20 de setembro. As regras para voltar a receber turistas envolveram um protocolo elaborado pela 1.ª Regional de Saúde em conjunto com as secretarias municipais. Questões como coleta de resíduos, normas de higienização, distanciamento social, a utilização de um sistema com cadastro dos visitantes e serviços foram acrescentadas.
Em meados do mês de dezembro, a ocupação das pousadas estava em torno de 55%. “Essa é uma estimativa, mas ainda há pousadas com 25% de ocupação, outras com 40%. O que pode ocorrer é que com a limitação de visitantes na Ilha do Mel, o que prejudica os donos de pousadas é que muita gente vem passar o dia e tira a possibilidade de hospedagem de outras pessoas que querem vir para ficar. Infelizmente, não tem essa separação”, disse Gnata.
Para o mês de janeiro, Gnata destacou que também há vagas disponíveis para atender os turistas na Ilha.
Adequação às normas
Segundo ele, os comerciantes compreenderam a necessidade de se adequar às normas sanitárias. “A maioria se ajustou às normas, comprando materiais e equipamentos, várias pousadas estão usando máquinas para fazer a limpeza mais apurada ainda, outras estão usando produtos químicos para combater o vírus, além do uso de álcool em gel e máscaras no atendimento aos turistas”, declarou Gnata.
O resultado de todo esse cuidado com a segurança da população e dos visitantes está no índice de infectados no local. “Os comerciantes estão adaptados à questão da Covid-19 e o resultado disso é que a ilha não tem casos novos de contaminação, tivemos somente alguns em setembro que foram tratados e não tivemos mais”, lembrou Gnata.
O distanciamento no café da manhã das pousadas e nos restaurantes também têm sido observado. “O que tem sido prejudicado é a hora do embarque e desembarque, como há um trapiche em Encantadas e um em Brasília, acaba acumulando gente nesses locais. Por isso, a prefeitura tem estudado uma forma de modificar esse sistema de fiscalização de cadastro, quem tem que passar na medição de temperatura etc.”, ressaltou Gnata.
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