Vitor Wopereis Moreno da Silva tem 23 anos, é natural da cidade paulista de Campinas. Veio para o Paraná juntamente com sua família em 2007, fixando residência em Marechal Cândido Rondon e, em 2008, mudou-se para Paranaguá. No mesmo ano, iniciou as atividades no Interact Club, dando prosseguimento às ações em prol da sociedade. Atualmente, Vitor é acadêmico do 4.º ano de Direito do Instituto Superior do Litoral do Paraná (Isulpar). Sempre foi preocupado com as causas sociais e a atenção aumentou quando veio residir em Paranaguá, em função das necessidades que a cidade apresenta. É sobre seus trabalhos no Rotaract que ele fala nesta entrevista:
Folha do Litoral News: O que o trouxe a Paranaguá?
Vitor: Vim para Paranaguá em 2008 juntamente com meus pais, que vieram a trabalho e, assim que cheguei, entrei em contato com o Rotary Club de Paranaguá-Rocio para prosseguir as atividades que já realizava.
Folha do Litoral News: Quando você iniciou as atividades no Rotaract?
Vitor: Foi através de convite de amigos da época que estudavam comigo no Ensino Fundamental. Entrei primeiramente no Interact Club que reúne adolescentes e jovens com idades de 14 a 18 anos. Em 2014, já no Rotaract assumi a função de diretor da comissão de desenvolvimento profissional e, no ano seguinte, iniciei como secretário e, em dezembro deste mesmo ano, assumi a presidência, função que exerço atualmente.
Folha do Litoral News: Quais os principais trabalhos realizados, e quais os projetos que você pretende implantar?
Vitor: Um deles que nós gostamos é a campanha do agasalho, os quais ficam pendurados nos cabides nas praças centrais. Esse é um dos projetos que nos dá maior visibilidade. Outro projeto interessante que pretendemos colocar em prática é uma sabatina com os candidatos a prefeito. Pois os alunos do Ensino Médio fizeram o título de eleitor, por isso pretendemos fazer uma conscientização política entre esses jovens. Outra atividade é em Guaraqueçaba, pois em algumas comunidades existe a dificuldade de estudos, em virtude disso iremos promover aulões preparatórios para o Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM), para que eles consigam entrar em uma faculdade pública.
Folha do Litoral News: Quando surgiu seu interesse em ajudar o próximo?
Vitor: Desde pequeno eu sempre tive interesse em estar colaborando de alguma forma e, quando eu descobri o Rotary, eu vi que tinha toda uma estrutura pronta e feita para todas as pessoas que desejam ajudar o próximo. Através dele, é possível desenvolver projetos e colocá-los em prática. Isso venho fazendo desde 2007.
Folha do Litoral News: Os jovens da atualidade são solidários?
Vitor: Eu acho que isso está mudando, pois a conscientização melhorou, mas ainda tem muito a melhorar. Quem sabe através do nosso empenho, da nossa dedicação através do trabalho junto à comunidade possamos ampliar ainda mais o número de jovens que atuam nas causas sociais. Digo isso independente da nossa entidade, ou seja, que possam atuar em qualquer outro grupo que ajude o próximo. Uma grande área de trabalho do Rotary é a social, essa é uma das áreas mais dinâmicas. Quando você precisa desenvolver um projeto, acabamos aprendendo muita coisa e quando você ajuda o próximo eu acredito que estamos ajudando a nós mesmos, pois crescemos juntos com isso também.
Folha do Litoral News: Qual é o maior desafio em atuar na questão social em Paranaguá?
Vitor: Realmente Paranaguá tem muita área de trabalho neste sentido. Por um lado, é bom porque podemos colocar em prática vários projetos. O maior desafio é com a educação, a qual merece mais atenção para que possa se desenvolver alavancando várias questões que norteiam essa causa, pois a educação é o alicerce de tudo. Paranaguá é uma cidade de dificuldades em logísticas, com áreas de difícil acesso e nós temos atuado justamente nessas regiões que mais carecem de educação e assistência, como por exemplo, a Vila Santa Maria. No local, oferecemos um espaço onde são desenvolvidas várias atividades educativas. Esse é o nosso núcleo de desenvolvimento comunitário, que fazendo seu papel ajudando a melhorar o perfil social da cidade.