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Entrevista

Secretário de Saúde fala das primeiras ações frente à pasta

Paulo Oliveira destaca que prioridade é a qualidade de vida da população

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Paulo Henrique de Oliveira é natural de Paranaguá. Estudou no Instituto Estadual de Educação Dr. Caetano Munhoz da Rocha, formado em Ciências Políticas, Relações Públicas e Administração de Empresas. Possui especialização em Gestão de Negócios e em Marketing Eleitoral. É acadêmico do último ano da faculdade de Direito do Instituto Superior do Litoral do Paraná (Isulpar). Coordenou a campanha do prefeito Marcelo Roque à Prefeitura de Paranaguá em 2016. Coordenou as campanhas do senador Álvaro Dias (2006 e 2014) e do governador Beto Richa (2010 e 2014) em todo o litoral. Foi secretário executivo da Coordenação da macrorregião do litoral junto à Casa Civil do Governo do Paraná e chefe do Departamento de Desenvolvimento Empresarial da Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Confira a entrevista com o secretário municipal de Saúde, Paulo Henrique, o qual assumiu a pasta há cerca de 40 dias.

 

Folha do Litoral News – Paranaguá está realizando ações para evitar que a febre amarela chegue a cidade? Fale um pouco sobre essas ações.

Paulo Henrique: “Pelo fato de Paranaguá ser uma cidade portuária, automaticamente ela faz fronteira com o mundo todo, porque recebemos aqui navios de vários países e milhares de caminhões de todo o Brasil. A vigilância em relação a todas as doenças é maior em um município como o nosso. O prefeito Marcelo Roque está muito preocupado com a situação da febre amarela e pelo fato de já haver registro de suspeita da doença no Paraná, em Foz do Iguaçu, que fica bem perto daqui. Estamos estudando a formalização de barreiras sanitárias, para aplicação de bombas costais nos caminhões que chegam a Paranaguá em função da atividade portuária. O prefeito também determinou especial atenção com relação a essas barreiras e vamos nos reunir nos próximos dias para discutir esse assunto com a Procuradoria Geral do Município (Progem) e em seguida com a 1.ª Regional da Secretaria de Estado da Saúde e também a Administração dos Portos de Paranaguá e Antonina (Appa). Como esse assunto é recente estamos solicitando que em uma licitação que já estava sendo planejada para compra de testes rápidos para dengue, zika e chikungunya sejam incluídos também os testes para febre amarela. Isso porque agora temos essa nova preocupação. Nossos postos de saúde estão recebendo milhares de pessoas diariamente para fazer a vacina contra a febre amarela. É importante lembrar as faixas etárias, já que a primeira dose é indicada para crianças aos 9 meses e o reforço aos 4 anos. Depois deve ser aplicada outra dose a cada 10 anos. Pessoas com mais de 60 anos, gestantes e mulheres que estejam amamentando não podem receber a vacina, exceto se houver indicação médica. Mas vale lembrar que há indicação da vacina para quem for viajar para áreas endêmicas do país ou ainda em caso de viagens para o exterior.”.

 

Folha do Litoral – Falando sobre os veículos que levam pacientes a Curitiba para tratamento. Agora são três pontos para embarque. Como as pessoas estão vendo essa iniciativa?

Paulo Henrique – “O prefeito Marcelo Roque tem recebido elogios dos usuários por essa iniciativa. Estamos trabalhando como uma empresa privada, em busca de resultados e a satisfação da população. Buscamos entender as dificuldades que essas pessoas tinham para conseguir embarcar para se tratar em Curitiba de um único ponto, no Centro Municipal de Diagnósticos João Paulo II, às 6h. O prefeito resolveu adotar essa medida para facilitar a vida dos pacientes que moram na Ilha dos Valadares e em outros bairros distantes da Vila Divineia, onde fica o CMD. É importante oferecer um pouco de conforto para essas pessoas em sua cidade, com a saída do transporte mais perto de sua casa, às 5h, na Avenida Gabriel de Lara, pacientes também podem pegar o transporte na UPA, às 5h30. Queremos tornar a saúde de Paranaguá uma referência e para isso estamos humanizando os procedimentos, colocando o bem estar do cidadão parnanguara em primeiro lugar”.

 

Folha do Litoral News – Em março inicia a nova fase de vacinação contra a dengue. Fale um pouco sobre essa campanha.

Paulo Henrique – “A vacina da dengue só terá eficácia com as três doses previstas. De 3 a 31 de março faremos a campanha para a aplicação da segunda dose e em seis meses a última. Quem não tomou a primeira dose pode fazê-lo em março. Não podemos esquecer que essa redução de casos também se deve a essa imunização de nossa população.

Estamos fazendo um trabalho especial de divulgação por parte da Secretaria Municipal de Comunicação, que produz matérias jornalísticas e material específico para as redes sociais e a imprensa como um todo. O prefeito Marcelo Roque já anunciou publicamente que está sendo estudada a viabilidade legal para contratar emergencialmente uma agência de propaganda para realizar campanha específica no combate à dengue. Temos que aguardar os desdobramentos dessa questão, mas antes de tudo quero agradecer a parceria da imprensa séria de Paranaguá, que tem nos ajudado a fazer com que a população mude esse conceito cultural que acabou gerando essa epidemia da dengue na cidade”.

 

Folha do Litoral News – O Carnaval será neste fim de mês. O que a Secretaria de Saúde está preparando para conscientizar a população?

Paulo Henrique – “Vamos agir em duas frentes. A primeira, e que o pessoal já está bem acostumado, é com relação à conscientização sobre as Doenças Sexualmente Transmissíveis. Temos índices preocupantes de contágio por HIV em nossa cidade e esse é um trabalho contínuo que realizamos, para que as pessoas que vão brincar o Carnaval não esqueçam da importância do sexo seguro, porque isso não é brincadeira. Embora este setor da saúde esteja sendo brilhantemente conduzido pela enfermeira Carla, temos sempre que nos otimizar para melhorar cada vez mais nossos serviços à população. Nossa outra frente vai envolver a conscientização sobre a dengue. Vamos entregar panfletos e aproveitar para orientar nossa população que estiver brincando o Carnaval sobre como evitar a presença do mosquito Aedes Aegypti em nossa cidade. Estamos nos organizando para fazermos um trabalho bem impactante”.

 

Folha do Litoral News – Fica o espaço para suas considerações finais.

Paulo Henrique: “Quero agradecer ao prefeito Marcelo Roque pela confiança no nosso trabalho e o compromisso com a saúde pública. Quero pedir a compreensão dos servidores municipais da Secretaria de Saúde no sentido de que estamos há pouco mais de 30 dias tentando consertar erros de vários anos. Compreensão que peço também à população. Não consigo entender como permitiram que a saúde pública chegasse a este grau de abandono. E embora não tenhamos culpa, estamos trabalhando muito para corrigir o caos em que recebemos a saúde pública. Vamos focar cada vez mais a fiscalização do cumprimento dos expedientes funcionais e instaurar procedimentos administrativos para apurar e demitir aqueles que em vez de servidores, se prestam a um desserviço à sociedade. Quero pedir desculpas aos bons servidores, cumpridores das suas obrigações, que acima de tudo respeitam à população na prestação dos seus serviços, verdadeiros responsáveis pela Secretaria de Saúde ainda estar de pé, mesmo em meio ao pleno caos, por ter de conduzir uma secretaria sem as condições físicas necessárias para que exerçam suas funções de forma digna. Estamos trabalhando para que em um curto espaço de tempo toda essa situação seja apenas uma triste estatística do passado. Nossa passagem pela Secretaria de Saúde será marcada pela preocupação com o que há de mais importante em uma cidade: as pessoas”.

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