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Entrevista

Marquinhos Roque avalia primeiro semestre e revela o que deseja a Paranaguá

Presidente do Legislativo quer ambiente de diálogo e união entre vereadores

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O presidente da Câmara de Paranaguá, Marcus Antonio Elias Roque (Marquinhos Roque), tem reafirmado em suas ações frente ao Poder Legislativo municipal a sua intenção em fazer da atual legislatura um ambiente de diálogo e união entre os vereadores e de aproximação com a comunidade local. Nesta entrevista, Marquinhos Roque faz um balanço do primeiro semestre na Câmara de Vereadores, analisa o futuro político e diz aquilo que mais deseja para a cidade Mãe do Estado do Paraná, que completa 369 anos.

 

Folha do Litoral News: Qual avaliação o senhor faz deste primeiro semestre no Poder Legislativo?

 

Marquinhos Roque: Uma avaliação positiva. Isso porque fizemos acontecer a Câmara Itinerante, a qual tem por objetivo levar a comunidade a participar da vida política da cidade, nos trazendo demandas para que possamos intermediar e cobrar as realizações. Foram duas edições deste projeto e acredito que ele vai resultar, em curto e médio espaço de tempo, muitas benfeitorias para as comunidades onde a Câmara Itinerante acontece.

 

Folha do Litoral News: O senhor atribui a esse projeto sua principal ação neste primeiro semestre?

Marquinhos Roque: A Câmara Itinerante é algo que extrapola as paredes dos gabinetes e é a prova de que a política, quando feita de forma unida e para o bem da comunidade, é bem vista por todos, indistintamente das preferências partidárias. Mas, para que isso aconteça, é preciso que todos os envolvidos deixem de lado as desconfianças, as vaidades ou discordâncias a respeito de outros posicionamentos que venham a ter e se unam para um bem maior, que é a cidade de Paranaguá. Por isso, acredito que ter implantado a Câmara Itinerante foi sim uma grande conquista para o início desta legislatura. Mas, de forma interna, ou seja, como forma de criar um ambiente mais democrático dentro do Legislativo, implantei duas ações que trouxeram bons resultados: a primeira delas foi determinar que nenhum projeto em que se pedisse Regime de Urgência seria votado no mesmo dia da sua chegada na Câmara, mas seria apreciado na sessão ordinária seguinte. Ou seja, os vereadores têm o tempo necessário para analisar os projetos antes de qualquer votação. Lembro que esta prática não acontecia no passado e os vereadores tinham que votar um projeto de lei, em que se pedia regime de urgência, sem que houvesse tempo para um maior entendimento do assunto. Outra atitude que destaco relevante para o bom andamento dos trabalhos no Legislativo foi o de promover reuniões prévias entre os vereadores antes de cada sessão. Isso faz com que todos discutam o rito dos trabalhos de forma amplamente democrática.

 

Folha do Litoral News: Como o presidente da Câmara tem observado o trabalho dos demais pares?

Marquinhos Roque: A entrada de 12 novos vereadores deu uma oxigenada nos trabalhos do Legislativo, pois vemos atuações e reinvindicações de diferentes classes e categorias sendo colocadas em evidência nas discussões em plenário. Isso mostra a pluralidade na representatividade local e o interesse dos vereadores em se apresentar como um autêntico representante do povo. Espero que esta dinâmica, que é muito produtiva, seja a marca de toda a legislatura.

 

Folha do Litoral News: E o trabalho do prefeito Marcelo Roque?

Marquinhos Roque: O prefeito está fazendo aquilo que lhe compete, ou seja, estar presente nos bairros, identificando os problemas e encaminhando as soluções junto com o secretariado. Neste ano de 2017, as ações do Executivo têm que ser condicionadas às receitas orçamentárias deixadas pelo ex-prefeito. No entanto, em 2018, aí sim, vamos ter condições de perceber uma marca maior da administração pensada pelo prefeito Marcelo Roque.

 

Folha do Litoral News: O senhor acompanha as redes sociais?

Marquinhos Roque: Um pouco. São muitos bairros a visitar, são muitas as demandas administrativas na Câmara, são muitos os projetos de lei a se pensar. Enfim, a agenda é cheia. No entanto, sabemos que podemos extrair muitas coisas boas nas redes sociais, pois a população sempre contribui com ideias que podemos pensar em implantar. Por outro lado, existem aqueles que preferem apenas tecer críticas e sem nada a acrescentar, por isso, faço um filtro para ficar focado no positivismo e ativismo daqueles que querem uma cidade melhor.

 

Folha do Litoral News: Paranaguá completa 369 anos. Qual é o seu grau de satisfação com a cidade?

Marquinhos Roque: A cidade cresceu e precisamos dar velocidade às estruturas que podem contribuir com a melhora na qualidade de vida dos munícipes, porém, infelizmente, e aqui é infelizmente mesmo, a velocidade no Poder Público não acompanha os anseios do cidadão. Por isso, convivemos com a insatisfação contínua. Um exemplo é a iluminação com lâmpadas de led, que ao ser implantada em algumas regiões, faz com que todos se vejam no direito de cobrar que ela esteja em toda a cidade. Ela vai estar em toda a cidade, mas isso será em dois ou três anos, pois a coisa pública tem seu ritmo próprio e não consegue atender a todos como gostaríamos. Mas respondo a pergunta com um episódio que marcou minha vida: meu pai, até o último dia de vida, mesmo hospitalizado, queria trabalhar pela cidade, pois estava insatisfeito com ela. Meu maior desejo é ficar mais satisfeito com a cidade no futuro.

 

Folha do Litoral News: E quanto ao futuro político do vereador e presidente Marquinhos Roque?

Marquinhos Roque: Costumo dizer que o futuro na política depende das suas ações no tempo presente, pois são elas que te condicionam, ou não, a se colocar como uma opção para esta ou aquela eleição. A política da família Roque é aquela dos tempos do meu pai, ou seja, se a população te quiser como um representante por aquilo que você já demonstrou fazer tudo bem, mas jamais forçar a barra para querer aparecer como o salvador da pátria ou como aquele personagem daquele desenho Caverna do Dragão, o tal Mestre dos Magos, que sempre aparecia, fazia um discurso cheio de expectativas para o povo, os quais não resolvia o problema, para depois sumir e ficar oculto até uma nova aparição. Já estamos vendo aí os mestres dos magos da política aparecendo de novo.

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