Educação
Seminário aborda o protagonismo da população negra e indígena
Palestrantes, estudantes, professores, pedagogas, integrantes de movimentos sociais e equipe do Núcleo Regional de Educação participaram da discussão sobre as relações étnico-raciais
O Núcleo Regional de Educação (NRE) realizou na terça-feira, 13, o IV Seminário das Relações Étnico-Raciais no auditório do Museu de Arqueologia e Etnologia (MAE). O tema escolhido para este ano foi “O protagonismo da população negra e indígena para a desnaturalização do racismo midiático”.
Professores, pedagogos e representantes de movimentos sociais puderam debater o assunto com os palestrantes convidados, sendo eles o cineasta Thiago Nascimento, de Paranaguá, que tem um programa na TV Educativa voltado para a temática afro e ganhador de três prêmios; o advogado e presidente de Igualdade Racial da OAB-Paranaguá (Ordem dos Advogados do Brasil), Ivan Camargo; a representante da mulher indígena da Aldeia da Cotinga, Juliana Kerexu; e representantes do Movimento Cultural Negro de Paranaguá.
A técnica pedagógica de língua portuguesa e sociologia e coordenadora da equipe multidisciplinar do NRE, Janete Lode da Silva, explicou que a temática é levada para os estudantes.
“Neste ano, trabalhamos o preconceito na mídia com os negros e indígenas, procuramos mostrar o caso de personalidades que passaram por isso nas redes sociais. Muitas pessoas acreditam que o preconceito não existe mais, mas infelizmente existe”, disse Janete.
Coordenadora da equipe multidisciplinar do NRE, Janete Lode da Silva; e a chefe do NRE, Selma Meira, ressaltaram a importância do respeito
MUDANÇA NAS ESCOLAS
A chefe do NRE, Selma Camargo Meira, lembrou que o seminário é uma oportunidade para que os profissionais que atuam nas escolas possam trabalhar melhor a temática.
“Tivemos a presença de indígenas, negros e algumas minorias que vêm contribuindo para que haja respeito e que sejam reconhecidos como cidadãos. Não é a cor e o modo de vida que determina o que a pessoa é na sociedade e sim o respeito que devemos ter”, frisou Selma.
Segundo ela, já houve uma mudança significativa nas escolas da região, principalmente em função do trabalho realizado pela coordenação da equipe multidisciplinar. “As leis existem, as capacitações existem, mas se não houver alguém entusiasmado que passe para as outras pessoas que é necessário trabalhar essas questões, fica muito mais no papel do que na prática. Nós vemos a escola hoje diferente. Fui a uma escola há dois anos onde havia uma exposição das meninas negras, assumindo o cabelo que antes tinham vergonha. É um trabalho que deve ser feito aos poucos, mas que já vem se consolidando nesses territórios com os alunos”, destacou Selma.
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