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Verão

Especialista dá dicas de como proteger o pet das altas temperaturas

A médica veterinária, Juliana Caroline Ávila Queiróz, explica como o calor afeta os pets e dá algumas dicas de como cuidar deles nessa época do ano

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Os pets são muito sensíveis às altas temperaturas e podem sofrer com o calor, especialmente no verão. Por isso, é importante tomar alguns cuidados para proteger seu amiguinho de estimação e evitar problemas de saúde como desidratação, insolação, queimaduras e hipertermia.

A médica veterinária e especialista em Bem-Estar Animal pela PUC e finalizando atualmente a especialização em Nutrologia Animal, Dra. Juliana Caroline Ávila Queiróz, explica como o calor afeta os pets e dá algumas dicas de como cuidar deles nessa época do ano.

“Eles sentem bastante o calor, porque não possuem glândulas sudoríparas como nós seres humanos. Portanto, eles não conseguem fazer a troca de calor tão rápida e eficiente como os seres humanos. Eles fazem a troca de calor apenas pelo focinho, pelos coxins que são as palmas das patas e pela língua. Dito isso, eles sentem o calor de forma mais intensa do que nós. Tem uma tendência de ficar mais arfantes, com a respiração mais curta, cansar mais rápido e alguns animais chegam a ficar prostrados, caidinhos e com menos apetite, e ficando quietinhos no canto deles”, explica Juliana, destacando que o calor é perigoso para os pets de todas as idades. “O calor é perigoso para todos os pets e de todas as idades, mas vale a pena a gente destacar que algumas raças sofrem ainda mais, de modo em geral os cachorros de pelo curto eles sentem mais o calor que os de pelo longo, que consegue termo regular com uma facilidade maior. Já os cachorros como o Pug, Buldogue Francês ou Shar Pei são cachorros que termo regulam de forma mais dificultosa, e sentem bastante o calor nesta época do ano de uma forma muito mais ativa dos que os gatos, por exemplo. Mas o calor é prejudicial a eles na respiração, no coração, nos rins e na pele de um modo em geral, porque tudo vai gerar muito estresse”, explica.  

A especialista também explica como deve ser realizada a hidratação dos pets. “Às vezes as pessoas pensam que a hidratação é apenas colocar água no pote pela manhã e esquecem dos outros cuidados. Primeiro é necessário fazer uma higienização daquele pote de água todos os dias, também os de comida, pois não pode conter resíduos. A água deve ser trocada a cada três horas, então é necessário ter um dispositivo que vai acelerar a troca dessa água ao longo do dia, de preferência água fresca ou gelada. O Tutor que não consegue voltar para casa, damos algumas dicas de como preparar pequenos picolés de frutas ou de água de coco, para ofertar ao pet antes de sair de casa logo cedo”, lembra Juliana.

Passeios

Quanto aos passeios e exercícios nesta época, a especialista explica que sempre orienta os tutores a realizar os passeios antes das 10h e depois das 17h. “Orientamos os tutores a pensarem se fossem eles que precisassem andar descalços na rua, então infelizmente as temperaturas estão muito elevadas e os dias tem sido muito mais quentes do que era no passado, e a sensação térmica ainda pior. Então imagine se a gente não consegue colocar os pés em uma calçada ou em uma pedra depois das 10h da manhã, porque o pet teria que aguentar. Então os passeios devem ser realizados antes do horário das 10h e a partir do horário das 17h. Lembrando de utilizar filtro solar nestes pets e sempre verificar se mesmo antes ou depois desses horários a temperatura já não está alta, com a sensação térmica já elevada, daí evitar o passeio. Antes de sair para o passeio ofertar água ou uma fruta gelada, realize o passeio e hidrate novamente o pet com água, água de coco, chá de camomila ou hortelã bem gelado, pois isso faz com que o líquido fique mais palatável”, enfatiza. 

Dra. Juliana deixa algumas dicas aos tutores de pets para este período mais quente do ano. “A primeira dica é de quem tem ar-condicionado e consiga mantê-los dentro de casa, que o façam. Agora, se isso não for possível porque não tem ar-condicionado ou porque esse pet é muito grande e não frequenta a casa, coloque gelo na forma de água deles. Então, prepare meia garrafinha pet com água e faça gelo, e coloque o gelinho na forma de água deles. A gente também pode fazer picolés naturais à base de frutas como melancias, morangos ou mamão, congela essas frutas e oferte para eles no intervalo entre refeições e ainda verificar como é que está o canil do seu cachorro. Tem muita gente que tem cachorro em canil ou na empresa e às vezes acaba esquecendo, mas se a gente está sentindo calor dentro da nossa sala, da nossa casa, no nosso escritório, imagina eles que estão lá fora naquele mormaço. Então, verifica como que está esse canil. Ele está protegido, está tendo sombra naquela época do ano, será que eu consigo colocar alguma folhagem, alguma coisa perto para promover uma sombra e de repente facilitar isso. Também ver se o canil tem algum estrado ou algum pallet que possa estar elevando o cachorro do chão, este procedimento também vai diminuir o estresse térmico. Uma dica bem legal é como falei anteriormente, picar frutas e congelar, a gente pode escolher frutas como mamão, morangos, mirtilos ou melancia, picar quadradinhos e colocar em formas de silicone ou forminhas de iogurte mesmo e congelar, vai uns durar 30 dias. Quando a gente coloca na ponta do lápis, na hora que vai comprar uma bandeja de fruta, parece que tudo fica muito caro, mas quando eu consigo porcionar isso como expliquei, vão durar 30 dias no freezer. Com certeza fica muito mais barato isso do que ter correndo em uma emergência, porque o cachorro entrou em estresse térmico, fez colapso traqueal ou uma arritmia cardíaca. Então, você consegue trazer uma qualidade de vida para esse pet e eu consigo evitar uma consulta de emergência”, alerta.

Seguindo essas recomendações e dicas, você pode garantir o bem-estar do seu pet e aproveitar o verão com ele de forma segura e divertida.

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