Na casa serão ofertadas aulas de boas práticas para a preparação de pratos da culinária local
O litoral do Paraná vai ganhar em breve um novo atrativo, o qual impactará diretamente na vida da população local e, de quebra, vai ajudar a incrementar o turismo na região. A casa oficial de veraneio dos governadores, localizada na Ilha das Cobras, vai passar por ampla reforma e se transformar em uma grande escola profissionalizante de gastronomia e hotelaria.
O projeto foi apresentado na terça-feira, 23, no Palácio Iguaçu. Na casa serão ofertadas aulas de boas práticas para a preparação de pratos da culinária local e também voltados para o atendimento aos turistas em pousadas e restaurantes da região.
As turmas serão compostas por 20 pessoas por ciclo, de até três semanas, e formadas essencialmente pela população do litoral. Os cursos contam com a parceria do Sebrae, responsável pela gestão da residência e das aulas.
REFORMA
Abandonada há anos, a casa de veraneio passará por ampla reforma nos próximos dias, com verba destinada pelo Instituto Ambiental do Paraná (IAP). A ideia é reformar a cozinha para depois adaptar os quartos para que possam receber os alunos, que poderão pernoitar na residência. O projeto deve começar a funcionar em no máximo 90 dias.
GUIA
A iniciativa visa, ainda, a fazer com que o turista permaneça mais tempo no Paraná, explorando outras atrações turísticas do litoral. Junto com a abertura da casa dentro da Ilha das Cobras para a população, está prevista também a criação de um guia que conte mais detalhes da história do Paraná, com dicas de passeios em reservas naturais do Estado, exploração da Mata Atlântica e das bacias da região.
ILHA DAS COBRAS
A Ilha das Cobras está localizada na Baía de Paranaguá. Tem 52 hectares de área remanescente de Mata Atlântica e é parada de descanso e alimentação de tartarugas marinhas jovens. O local é usado desde 1855, quando foi fundado o Lazareto da Ilha das Cobras, subordinado ao Porto de Paranaguá.
Temendo uma epidemia de febre amarela à época, a ilha foi adquirida pelo Governo Federal em 1859, com o local sendo destinado ao tratamento de pessoas com doenças infecciosas, para um período de isolamento e “quarentena”.
Mais de 100 anos depois, em 1963, a ilha passou a ser usada com outra função social, quando passou a abrigar a escola de pescadores para meninos infratores – o local ficou conhecido como “mansão do diabo”. No ano seguinte, no Estado Novo de Getúlio Vargas, virou prisão de comunistas que eram contra a ditadura. Já em 2006, Contrato de Cessão de Uso Gratuito entre a União e o Estado do Paraná transformou a ilha em base de apoio aos Portos de Paranaguá e Antonina.
*Com informações da AEN.