A Semana Santa é uma das datas mais importantes e sagradas do calendário cristão. Durante este período, a Igreja Católica recorda a última semana de vida de Jesus e celebra os mistérios da Paixão, Morte e Ressurreição de Cristo.
O Domingo de Ramos abriu as celebrações da Semana Santa e relembra a entrada do Messias na cidade de Jerusalém, onde Ele foi aclamado pelo povo judeu que o acolheu agitando ramos e folhas de palmeiras e dizendo: “Hosana ao Filho de Davi; bendito o que vem em nome do Senhor. Hosana nas alturas!”.
“A Sexta-feira Santa apresenta o drama incomensurável da morte de Cristo no Calvário. A cruz é o grande sinal de salvação. Popularmente se faz a veneração da Santa Cruz, momento em que esta é apresentada solenemente à comunidade. Na sexta-feira é também dia propício para celebrar a Via Sacra como uma forma de meditar o caminho doloroso que Jesus percorreu até a crucifixão e morte na cruz”, disse o Missionário Redentorista, padre Dirson Gonçalves.
Para a Igreja, o período é de reflexão e oração. O momento é marcado pelo silêncio dos cristãos que buscam se conectar com Deus para aprimoramento da fé e redenção dos pecados.
O bispo da Diocese de Paranaguá, dom Edmar Peron, explicou sobre o significado de não comer carne na quaresma e principalmente na sexta-feira da semana santa. “O gesto de não comer carne é uma prática presente na Igreja desde as primeiras comunidades, é milenar. Os motivos apresentados historicamente são variados, mas o importante é que nós consideramos o dia em que devemos fazer penitência e não comer carne: a Sexta-feira Santa da Paixão do Senhor e todas as outras sextas-feiras do ano, quando não houver uma solenidade. É um gesto que fazemos para nos unir a Jesus que se sacrificou para nossa salvação. Unimos este gesto com o jejum”, contou.
“A Sexta-feira Santa não é dia de banquetes, não é dia de festa, é dia da Paixão, dia da comunhão com o Senhor que por nós foi crucificado e morreu. É esta comunhão com o Senhor que dá sentido ao gesto de não comer carne. É um dia para nos educar a não fazer sofrer nenhuma criatura, e a não matar ninguém, nem os animais nem as pessoas, mas deixar viver. Quem não come carne nunca – aqui não me refiro a quem não tem dinheiro para comprá-la, mas a quem não gosta de carne – precisa encontrar voluntariamente outra penitência para oferecê-la ao Senhor. Vale a pena, sim, assumir este compromisso de não comer carne, de fazer jejum e tomar uma única refeição no dia”, completou o bispo da Diocese de Paranaguá.
A Sexta-feira Santa marca a Paixão e Morte de Jesus. Para os cristãos, a data remete ao amor incondicional do Senhor que entregou a própria vida na cruz para a salvação de todos.
Toda a Liturgia Católica na Sexta-feira Santa está voltada a Cristo crucificado e, por isso, este é o único dia em que não ocorre a comunhão eucarística.
Em todas as Igrejas, na Sexta-feira Santa, fiéis se reúnem junto aos sacerdotes para realizar a solene Ação Litúrgica da Paixão de Cristo, que deve ser celebrada depois do meio-dia e antes das 21 horas.
Com algumas semelhanças na estrutura da Missa, mas sem a Oração Eucarística, a celebração da morte do Senhor consiste na leitura da Sagrada Escritura e as dez orações especiais para o bem do mundo; adoração da Santa Cruz; e Comunhão Eucarística. Conforme o costume local, após esta celebração, faz-se a procissão do “Senhor Morto”.
“Toda a alegria e o sentido de nossa fé estão na Ressurreição de Nosso Senhor Jesus Cristo. O Natal, que é a festa do nascimento de Jesus é muito importante, mas a Ressurreição nos mostra o quanto aquele Nascimento era divino e, de fato, iluminou toda a terra, para sempre. Jesus Ressuscitado nos enche de alegria e esperança. Como diz a canção, é porque ele vive que podemos crer no amanhã. Que essa Páscoa de 2022 seja um momento de fortalecermos nossa Fé, Esperança e Amor na vida, nas pessoas, em nós mesmos e em Deus. O mundo tem jeito, Jesus vive”, finalizou o Missionário Redentorista, padre Dirson Gonçalves.