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Religiosidade

Grupo de atletas reforça a fé em peregrinação até o Santuário do Rocio

Devotos participam todas as sextas-feiras da novena das 6h

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O Santuário Estadual de Nossa Senhora do Rocio realiza toda sexta-feira, a novena das 6h. Neste horário, um grupo de fiéis organiza a saída do centro de Paranaguá em uma caminhada de muita fé, com palavras de louvor e bênçãos, até a igreja da padroeira do Paraná. Essa ideia surgiu em 2017 com devotos, que em sua maioria praticam treinos de corrida regularmente, sempre pela manhã, durante todo o ano.

No mesmo ano, no mês de novembro, por conta do Novenário de Nossa Senhora do Rocio, muitos participantes do grupo interrompiam os treinos para participar da Santa Missa dos Madrugueiros. Assim, nasceu o grupo “Atletas com a Mãe do Rocio”, que faz o mesmo trajeto da procissão Solene do dia 15 de novembro.

“São inúmeras as expressões de fé em nosso Santuário, mas faltava a homenagem daqueles que fazem da corrida de rua um estilo de vida. Percorremos 5,400 quilômetros todos os dias, rezando o Santo Terço, em uma média de 38 minutos, totalizando 48,600 quilômetros, ao fim dos nove dias. Queremos lembrar a todos a importância do exercício físico, não apenas para o corpo, mas para a saúde mental”, explicou uma das integrantes do grupo, Varseli Corrêa Farias.

Ao final do novenário da festa de 2020, o Reitor do Santuário, padre Dirson Gonçalves, incentivou os fiéis a continuarem com as novenas às 6h durante todo ano e não somente em novembro, mês em que se comemora a Festa de Nossa Senhora do Rocio. Hoje são mais de 30 pessoas que, além da caminhada, também se juntaram a um grupo de ciclistas.

“É um sinal muito forte e bonito de fé e devoção. Todas as sextas-feiras, faltando alguns minutos para começar a Novena das 6h da manhã, ouve-se os passos firmes, as orações sendo recitadas, e aquele grupo de devotos chegando e adentrando o santuário para a celebração. Depois de quase uma hora de caminhada rumo ao lugar sagrado, os peregrinos chegam diante da imagem da Padroeira e se colocam em oração. Vejo este gesto como uma linda expressão de amor à Mãe de Jesus. Estão todos de parabéns”, destacou o Missionário Redentorista, padre Dirson Gonçalves.

A devota Juciane de Santana conduz as orações e reflexões durante a caminhada até o Rocio. Além disso, um grupo de ciclistas, iniciado pelo João Rocha, também integrou-se aos participantes e juntos fizeram o mesmo trajeto pela Rua Professor Cleto até o Santuário da padroeira do Estado do Paraná.

“Ao subirmos o viaduto e avistarmos a torre do nosso Santuário ao longe, diante daquela paisagem maravilhosa é ter a certeza de que no final do percurso a Mãe nos espera sorrindo, de braços abertos com seu manto de amor, pronta para nos receber com aquele carinho todo especial. Concluir a corrida de volta traz uma sensação de gratidão e de dever cumprido. Um pequeno esforço, diante de tantas Graças derramadas durante todo o ano. Cada passo, metro percorrido é em homenagem a nossa Rainha e Padroeira”, relatou Varseli Corrêa Farias.

Desde abril, o Frater Matheus Rocha, Missionário Redentorista, mesmo morando em Londrina atualmente, faz encontros de formação com o grupo “Atletas com a Mãe do Rocio”, de forma on-line, todas as terças-feiras, atuando como diretor espiritual.

Para a integrante do grupo, Liliane Aparecida Oliveira dos Santos, ir a pé na companhia de outros devotos é uma bênção. “Correr até o Santuário me traz alento e conforto para os meus dias, ao me sentir abraçada por Maria entendo o quanto preciso desse colo. Estar nessa peregrinação com meus amigos é uma chuva de bênçãos que recebo. Muito obrigada a cada um deles, que me convidam a esse encontro com Maria Santíssima. Deus e Maria abençoem a todos”.

Fabiana Parro, participante do grupo “Atletas com a Mãe do Rocio”, diz que fazer o trajeto até o Santuário correndo é uma forma de celebrar a vida. “Para mim, ao ir correndo até o Santuário com meus amigos de equipe, é uma forma de celebrar a vida. Há oito anos, iniciei minhas novenas junto ao meu tratamento contra um câncer de mama. Lembro-me que estava tão fraca, mal conseguia ficar em pé durante toda a celebração. Desde então, a cada ano, vou às novenas apenas para agradecer. E poder agradecer por mais um ano com saúde, nada melhor do que ir e voltar correndo”, destaca Fabiana.

“A nossa meta é que a cada novenário tenhamos mais atletas conosco, vivenciando este tempo de Graça tão especial”, concluiu a integrante do grupo, Varseli Corrêa Farias.

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