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Religiosidade

A história se repete: Nossa Senhora do Rocio é invocada para dissipar uma pandemia

Imagem da Padroeira do Paraná esteve em Curitiba para uma peregrinação de orações e bênçãos (Foto: Francisco José da Silva)

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O bispo da Diocese de Paranaguá, dom Edmar Peron, e o Padre Dirson Gonçalves, reitor do Santuário Estadual, conduziram no domingo, 3, a imagem de Nossa Senhora do Rocio, Padroeira do Paraná, até Curitiba para uma peregrinação de orações e de bênçãos.

A motivação para esta visita foi pedir a Nossa Senhora, que em Paranaguá recebeu o título “do Rocio”, para interceder pela dissipação da pandemia. Consta no livro tombo da Paróquia de Nossa Senhora do Rosário (atual Catedral de Paranaguá) que 1686 os habitantes da Vila haviam recorrido aos favores de Nossa Senhora para que ela os livrasse de uma terrível doença que se espalhava pelo mundo.

Em frente à catedral, Padre Emerson aguarda a passagem da Carreata (Foto: Francisco José da Silva)

Os registros dão conta de que os habitantes receberam este favor e a peste foi milagrosamente banida do litoral do Paraná. O mesmo aconteceu em 1901 (peste bubônica) e 1918 (gripe espanhola). Segundo historiadores, estes acontecimentos, espalhados pelos marinheiros e viajantes a partir do Porto, firmaram a devoção a Nossa Senhora do Rocio como protetora da saúde, principalmente em casos de epidemias.

A peregrinação com a imagem teve a primeira parada em São José dos Pinhais, para orações e registro dos fiéis. Pouco depois das 11 horas, a imagem chegou ao Santuário de Nossa Senhora de Guadalupe onde foi celebrada a Santa Missa, a qual foi presidida por dom Geremias Steinmetz, arcebispo de Londrina e presidente da CNBB Sul 2, concelebrada por dom Edmar Peron, os bispos de Curitiba – dom José Antônio Peruzzo, dom Amilton Manoel da Silva e dom Francisco Cota de Oliveira – e pelo bispo de São José dos Pinhais, dom Celso Antônio Marchiori. Na missa também estiveram concelebrando diversos sacerdotes, entre eles o anfitrião, Padre Reginaldo Manzotti. 

Padre Roberto auxiliando Dom Edmar (Foto: Francisco José da Silva)

Depois da missa, os bispos ofereceram a Nossa Senhora, 399 rosas que continham o nome de todos os municípios do Paraná. Estas rosas foram levadas para Paranaguá e no final da peregrinação, em frente ao Santuário, foram entregues nos carros das famílias que participaram de uma carreata em homenagem à santa.

Na capital, durante a tarde, a imagem oficial de Nossa Senhora do Rocio passou pelo Hospital Marcelino Champagnat, Hospital das Clínicas, Santa Casa, Hospital Pequeno Príncipe, Hospital Nossa Senhora das Graças e, por fim, na Catedral Basílica Menor de Nossa Senhora da Luz dos Pinhais em uma condução especial para que os fiéis pudessem vê-la. Nestes pontos de parada, sempre conduzida por um dos bispos, foram feitas orações e bênçãos aos profissionais de saúde, colaboradores dos hospitais e todos os que cuidam dos doentes e necessitados.

Chegada da Imagem de Nossa Senhora do Rocio (Foto: Francisco José da Silva)

Todo o tempo, em Paranaguá, São José e Curitiba, os religiosos, os organizadores, a imprensa e os fiéis foram orientados e tomar os cuidados recomendados para evitar a contaminação pelo novo Coronavírus.

No final da tarde, na entrada de Paranaguá, centenas de famílias esperavam nos carros a chegada da Imagem para acompanhar em carreata até o Santuário do Rocio, a “Casa da Mãe”. Leonardo Viana, 22 anos, aguardava com seu pai, Ademar, e o irmão, Renan, para participar. “Só na festa que vemos uma movimentação tão grande. Meu pai nos traz desde crianças nos acontecimentos ligados a Nossa Senhora do Rocio. É uma devoção inexplicável que parece estar no DNA de quem nasce aqui e atinge quem vem de fora” afirmou o jovem.

Leonardo e o Pai Ademar sempre participam (Foto: Francisco José da Silva)

Assim que chegou, a imagem de Nossa Senhora foi colocada em um carro aberto que “puxou” a carreata de centenas de veículos. Com paradas para orações e bênçãos no Hospital Regional do Litoral, na Catedral e na prefeitura, a carreata concluiu o trajeto até o Santuário que fica no bairro que tem o mesmo nome: Rocio.

Na Praça da Fé, em frente à Igreja, dom Edmar Peron deu a bênção final. Os fiéis presentes receberam – sem sair dos seus carros – uma rosa das trazidas de Curitiba e se propuseram a rezar durante todo o mês de maio pelos habitantes do município escrito na etiqueta de cada flor.   

Dom Edmar Peron recebeu a rosa com o nome de Paranaguá. O bispo disse que a devoção mariana é um sinal importante de Deus. “Como na antiga oração – A vossa proteção recorremos, Santa Mãe de Deus – retomamos este pedido na pandemia. Ao falar das nossas necessidades pensamos nas muitas que temos: emprego, recursos, alimentação, remédios, saúde e outras”, destacou.

No Santuário, os fiéis foram orientados a permanecer nos veículos (Foto: Francisco José da Silva)

Ele também explicou sobre a peregrinação: “Ir a Curitiba teve o sentido de expressar o carinho de “Mãe” que a igreja tem para com o povo. Ir até onde os filhos estão, onde estão sofrendo, nos hospitais, rezar pelos que cuidam dos doentes, levar ânimo e esperança a todos”, disse dom Edmar.

Fonte: Pascom/Diocese de Paranaguá

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