Polícia

PCPR deflagra a quarta fase da Operação ADSUMUS

Durante a quarta fase da Operação Adsumus, deflagrada pela PCPR, quatro mandados de prisão preventiva, expedidos pelas Varas Criminais de Paranaguá foram cumpridos.

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A Polícia Civil deflagrou na terça-feira, 29, e na madrugada de quarta-feira, 30, a quarta fase da Operação Adsumus. Ao todo foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva, expedidos pelas Varas Criminais de Paranaguá, após pedido da PCPR e manifestação positiva do Ministério Público do Paraná.

Durante a ação, que contou com várias equipes da 1.ª SDP – Subdivisão Policial de Paranaguá, foram presos Juliano Pereira Cardoso, de 19 anos, Luiz Henrique de Lima Costa, de 21 anos, Ednelson Cordeiro Ribeiro, de 26 anos, e Leandro Alves Machado, de 30.

As prisões ocorreram nos bairros Vila do Povo e Divineia.

ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA

Dos quatro presos, três integram uma organização criminosa que vem atuando na cidade, e é responsável pela maioria dos crimes de homicídios registrados este ano. As investigações apontaram que esse grupo criminoso estaria determinando a morte de pessoas que, de alguma forma, desrespeitavam as “regras” impostas pela organização.

Os policiais civis descobriram que os quatro indivíduos presos têm ligação com dois homicídios registrados recentemente em Paranaguá.

1.º HOMICÍDIO

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Fabrício de Carvalho Silva foi alvejado com três disparos de arma de fogo, na frente da casa onde morava com a família, no bairro Labra

Juliano Pereira Cardoso, de 19 anos, e Luiz Henrique de Lima Costa, de 21, são suspeitos da morte de Fabrício de Carvalho Silva, de 19 anos, registrado no dia 22 de agosto, na Rua Arsênio Bento dos Santos, no Bairro Labra. O rapaz foi assassinado na frente da casa onde morava com a família.

MOTIVAÇÃO

De acordo com familiares da vítima, um desentendimento com vizinhos pode ter sido o motivo do crime. A mãe de Fabrício relatou aos policiais militares que atenderam à ocorrência que um casal acusou o rapaz de ter abusado sexualmente de duas meninas menores de idade.

Ainda de acordo com a mãe da vítima, Fabrício era trabalhador e não tinha ligação com o tráfico de entorpecentes ou rixas. Ela afirmou que o filho não teve envolvimento como fato ocorrido com as menores.

2.º HOMICÍDIO

foto02%20labra(1)Carlos Alberto foi assassinado com vários disparos de arma de fogo na localidade conhecida como “Beco do Rato”​​​​​​​

Ednelson Cordeiro Ribeiro, de 26 anos, e Leandro Alves Machado, de 30, são suspeitos do homicídio de Carlos Alberto do Rosário Santos, ocorrido na madrugada do dia 25 de agosto deste ano,na localidade conhecida como “Beco do Rato”, também no Bairro Labra.

DISCUSSÃO

De acordo com a companheira da vítima, Carlos teria discutido com uma vizinha horas antes e este teria sido o motivo do crime, já que a mulher disse “que isso não ficaria assim”.

No local, policiais militares e socorristas do Samu que atenderam a ocorrência encontraram manchas de sangue, desde a Rua Arsênio Bento dos Santos até o acesso ao “Beco do Rato”, onde Carlos Alberto morava, indicando que ele tentou fugir dos assassinos. Mesmo baleado, ele correu por aproximadamente 30 metros, até cair na frente de casa.

INVESTIGAÇÃO

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De acordo com o delegado que comanda as investigações, Nilson Diniz, “dos quatro indivíduos presos, três são faccionados e já temos elementos que apontam que eles integram organização criminosa, uma organização criminosa que vem ganhando espaço no município de Paranaguá, especificamente é uma organização criminosa que vem atuando na maior parte dos homicídios que foram cometidos este ano. São pessoas de extrema periculosidade e que devem permanecer com a liberdade restrita”.

“Como são integrantes de uma organização criminosa eles só praticam esses homicídios quando esse comando vem dos níveis hierárquicos mais elevados do grupo criminoso, normalmente ocorre um fato em alguma região e esse fato é apreciado pelos ‘disciplinas’, uma das funções da organização criminosa, e levam o fato aos líderes da organização, onde é determinada ou não a morte da pessoa que está sendo ‘julgada’ pelo grupo” enfatizou o delegado.

Ainda de acordo com o delegado, as investigações continuam e outras pessoas envolvidas em crimes de homicídios registrados na cidade devem ser presas em fases da operação Adsumus.

46.º HOMICÍDIO

Em 2019, foram registrados em Paranaguá, 46 casos de homicídios, boa parte deles já esclarecida pela Polícia Civil e com seus autores presos. No litoral, o número de ocorrências registradas, este ano, é de 78.

ADSUMUS

“A operação foi batizada como ‘Adsumus’, pois esta é uma palavra com origem no latim, que significa ‘estamos presentes’. O termo vem do verbo adsum que quer dizer estar presente, estar aqui ou estamos juntos. É usado com a intenção de marcar presença e atenção constante, bem como demonstrar prontidão e confirmar que se está atento aos acontecimentos”, explica a assessoria da Polícia Civil.

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