Opinião

Com Frescura e Com Fricote. Vaidades da gestão Marcelo Roque causa indignação

O parnanguara, na Festa do Povo, não precisa de soberba, arrogância, muito menos de autoritarismo. Precisa de esclarecimentos.

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Nos bastidores da política parnanguara, um espetáculo tragicômico se desenrola. A nova moda? Disputar o local da posse do prefeito eleito Adriano Ramos. Infelizmente, isso é um fato. Sim, é isso mesmo, em vez de focar nos preparativos para uma transição respeitosa, estamos testemunhando uma disputa entre o atual prefeito, Marcelo Elias Roque, e o time do próximo governo.

Adriano Ramos, com 72,30% dos votos válidos, um recorde avassalador que somou impressionantes 58.206 votos, pretende celebrar sua vitória na arena Albertina Salmon, capaz de acolher o povo que o elegeu. Afinal, a posse é para isso, não é? Democracia, celebração, proximidade com a população ou será que estávamos enganados esse tempo todo, senhor Marcelo Elias Roque?

Mas aí entra Marcelo Roque, apegado ao ginásio Joaquim Tramujas, como se o local tivesse poderes místicos para perpetuar sua relevância e poder. A desculpa? “Tradição.” Engraçado, porque em 2020, no auge da pandemia, ele próprio inovou ao tomar posse na Estação Ferroviária. Ou seja, tradição é um conceito flexível, dependendo de quem está no comando, ou melhor, no poder. Inclusive, segundo a Pesquisa da TVCI, desta semana, 37,2% não confiam no prefeito Marcelo Roque; fonte SL IDH Pesquisas. Um número alto para quem tem pretenções futuras para qualquer político de carreira. Um banho de água fria para quem é conhecido com a alcunha de “Preself”. Isto é, “vaidosíssimo”!

A questão é por que essa insistência agora? O local da posse, convenhamos, deveria ser a menor das preocupações de uma gestão que se despede. Talvez seja um ato simbólico, um último esforço para marcar território antes de ceder espaço ao novo ciclo político. Um “adeus” cheio de resistência passiva, como quem diz: “Saio, mas não sem dar trabalho”.

Mas a população já escolheu. E o que ela escolheu é mudança, renovação e, claro, uma celebração à altura. O povo de Paranaguá não quer disputas pequenas; quer ações grandes. Não quer ginásios com pouca estrutura; quer arenas cheias de vida, de esperança de um governo transparente e democrático.

Por que somente ontem a equipe de transição de Marcelo Roque solicitou que Adriano Ramos buscasse as liberações da Arena Albertina Salmon? Adriano corre contra o tempo.

A mensagem aqui é simples, a posse não é do prefeito Marcelo Roque que sai, é do prefeito que entra. Esperamos que Adriano Ramos tenha sua cerimônia na arena Albertina Salmon, com segurança, cercado pelo povo que o elegeu, enquanto Marcelo Roque pode, quem sabe, usar o Joaquim Tramujas para organizar sua própria despedida.

Afinal, cada um escolhe o palco ou teatro que melhor reflete seu momento, assim como as atitudes que revelam seu caráter. Uns serão aplaudidos na posse, enquanto outros deixarão o poder sob a vaia silenciosa de suas próprias escolhas de despedida.

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