Meio Ambiente

Em 2023, Portos do Paraná investe R$ 30 milhões em programas ambientais, sociais, reformas e construções

Valor é quase o dobro dos investimentos aplicados para a comunidade

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A Portos do Paraná investiu R$ 29,6 milhões em programas sociais e ambientais em 2023. Deste total, cerca de R$ 21 milhões foram focados em programas ambientais e sociais realizados no litoral paranaense, representando um crescimento de mais de 90% em comparação aos investimentos realizados em 2018.

O diretor-presidente da Portos do Paraná, Luiz Fernando Garcia, afirma que, devido às ações ambientais, a Portos do Paraná é reconhecida mundialmente no tema. “Somos a única instituição portuária do mundo a ser convidada a participar da COP. Também somos signatários do Green Ports Partnership (Parceria para Portos Verdes) e fomos os primeiros portos públicos brasileiros a receberem o certificado internacional Ecoports, voltado para a gestão ambiental portuária. Todas estas conquistas são resultado de um trabalho intenso em sustentabilidade”, enfatizou Garcia.

Entre os programas de meio ambiente destacados pelo diretor-presidente está o monitoramento da qualidade das águas e dos sedimentos do complexo estuarino de Paranaguá, que são realizados a cada três meses desde 2014. Outra atividade de destaque é o Programa de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD), que permitiu, até o momento, a recuperação de 190 mil m² de área florestal em Antonina.

Já entre as ações educacionais a ênfase vai para o Programa de Educação Ambiental (PEA), que reúne 11 projetos de cunho socioambiental, trazendo os princípios e práticas da permacultura e que beneficiou 1.397 pessoas somente no ano passado. Um dos principais projetos do PEA é o Porto Escola – Educação para Sustentabilidade, em que a própria instituição pública realiza palestras para os alunos do 5º ano das redes municipais de ensino de Paranaguá e Antonina sobre meio ambiente e funcionamento do porto, seguida de uma visita guiada ao cais. Desde o início, em 2015, mais de 12 mil alunos já participaram do projeto.

Os cursos profissionalizantes voltados aos jovens e mulheres das comunidades também merecem relevância. São cursos gratuitos de artesanato e gastronomia disponibilizados para os moradores das ilhas, buscando melhoria de renda para toda a população.

O diretor de Meio Ambiente da Portos do Paraná, João Paulo Santana, explicou que o objetivo destas atividades é beneficiar diretamente a comunidade do entorno dos portos. “Realizamos diversas ações de conscientização, buscando melhorias na infraestrutura e o fortalecimento dos laços com as comunidades, auxiliando em demandas socioambientais”, enfatizou Santana.

Outra demanda local atendida pela Portos é o projeto “Saneamento Ecológico”, que disponibiliza tecnologias ecológicas alternativas e apropriadas às condições de saneamento nas comunidades ilhadas da baía de Paranaguá. “Em 2023, foram instalados sete sistemas alternativos de tratamento de esgoto na comunidade de Eufrasina, em busca de melhorias na qualidade ambiental e de vida nessas comunidades”, explicou Santana.

Os projetos “Selo Verde” e “Compostar para Cultivar” também auxiliam nas demandas ambientais das comunidades. O primeiro funciona como um sistema de certificação de boas práticas ambientais para comércios da região, incentivando melhorias no sistema de gestão de resíduos sólidos das comunidades participantes.

Já o projeto “Compostar para Cultivar” busca incentivar e promover a compostagem como alternativa segura e viável para o tratamento de parte do resíduo orgânico gerado em comunidades isoladas da Baía de Paranaguá, bem como a prática de hortas agroecológicas. O projeto atua desde 2021 na orientação sobre a compostagem residencial e promoveu a instalação de composteiras nas duas escolas da Ilha do Mel. Todo o resíduo orgânico proveniente das merendas é compostado, totalizando cerca de uma tonelada de resíduo ao ano, que deixa de ser destinado ao aterro sanitário.

Construção dos trapiches

Além dos programas socioambientais, a Portos do Paraná também realiza ações de compensação ambiental, relacionadas às obras executadas de dragagem de aprofundamento. Até o momento, já foram construídos sete trapiches em comunidades localizadas nas baías de Paranaguá e Antonina. Nos próximos anos, outras localidades do litoral serão beneficiadas com mais sete trapiches.

As ODS da Portos do Paraná

A Portos do Paraná também aderiu aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), elaborado pela Organização das Nações Unidas (ONU). São 17 propósitos que abordam os principais desafios de desenvolvimento enfrentados no mundo.

Os trabalhos realizados pela diretoria de Meio Ambiente buscam atender os seguintes objetivos: 

• ODS 3 – Saúde e Bem-Estar: envolve o combate a doenças transmitidas pela água;

• ODS 6 – Água potável e saneamento: assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos;

• ODS 7 – Garantir o acesso à energia acessível, confiável, sustentável e moderna para todos;

• ODS 8 – Promover o crescimento econômico sustentado, inclusivo e sustentável, o emprego pleno e produtivo e o trabalho decente para todos;

• ODS 9 – Construir infraestrutura resiliente, promover a industrialização inclusiva e sustentável e fomentar a inovação;

• ODS 11 – Cidades e comunidades sustentáveis: tem como objetivo tornar as cidades e os assentamentos humanos inclusivos, seguros, resilientes e sustentáveis;

• ODS 13 – Tomar medidas urgentes para combater as mudanças climáticas e seus impactos;

• ODS 14 – Vida na água: busca assegurar a disponibilidade e gestão sustentável da água e saneamento para todas e todos, combatendo a poluição marinha;

• ODS 15 – Vida terrestre: com foco em proteger, recuperar e promover o uso sustentável dos ecossistemas terrestres.

Fonte: Portos do Paraná

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Leonardo Quintana Bernardi

Jornalista graduado pela PUC-PR com atuação desde 2012 no jornalismo impresso, online e em audiovisual, bem como em assessoria de comunicação. Já trabalhou em órgãos públicos, jornais locais, freelances em veículos de alcance nacional e desempenha suas funções na Folha do Litoral News desde 2017. Defensor do jornalismo como meio de transformação social.