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Meio Ambiente

834 encalhes de pinguins-de-magalhães ocorreram no litoral em setembro

Segundo o LEC, este foi o maior número mensal de pinguins resgatados em 2022 na região

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Foto: LEC/UFPR - Divulgação

Na última semana, o Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR), responsável pelo trecho paranaense do Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), divulgou balanço no número de pinguins-de-magalhães resgatados no último mês. De acordo com os dados das equipes, foram registrados 834 encalhes da espécie nas praias do Paraná somente em setembro de 2022. Os animais que sobrevivem são recuperados e devolvidos à natureza. 

“Esta época do ano é marcada pela chegada de pinguins-de-magalhães no litoral brasileiro. Só em setembro de 2022, foram registrados 834 encalhes da espécie nas praias do Paraná”,  explica a assessoria do LEC. “Foi o maior número de pinguins resgatados neste ano pela equipe na região”, completa.

De acordo com o laboratório da UFPR, entre maio e início de novembro, anualmente, é algo comum a presença de pinguins no litoral do Paraná, assim como em toda a costa do Brasil, no sul e no sudeste. “Isso ocorre porque eles deixam suas áreas reprodutivas no sul da Patagônia (Argentina e Chile) e migram para as águas brasileiras em busca de alimento. O trajeto de quase 4.000 km, muitas vezes, deixa os animais cansados e debilitados, fator que favorece o encalhe, principalmente dos animais mais jovens, que são inexperientes e têm menor quantidade de reservas energéticas”, detalha a assessoria.

“Os encalhes são mais frequentes quando os animais encontram situações ruins oceanográficas e climáticas, como as frentes frias, que afetam a condição de saúde dos animais já debilitados e trazem suas carcaças para as praias”, afirma a bióloga e coordenadora do PMP-BS na UFPR, Camila Domit.

1.368 encalhes em 2022, onde somente 3% foram resgatados vivos

“Desde o início do ano, foram registrados 1.368 encalhes de pinguins na costa paranaense”, afirma o Laboratório de Ecologia e Conservação (Foto: LEC/UFPR – Divulgação)

Segundo o LEC, desde o início de 2022, um total de 1.368 encalhes de pinguins foram registrados no litoral do Paraná. “Cerca de 3% deles foram resgatados vivos – a maioria apresentava quadro de desnutrição e debilitação. Os veterinários e tratadores da equipe do LEC, por meio do PMP-BS, fazem o atendimento dos animais para que recuperem a saúde e voltem à natureza. No caso dos pinguins, em geral, são formados grupos de oito a dez aves para soltura”, explica a assessoria.

O PMP-BS e suas equipes possuem como desafio registrar animais encalhados, assim como analisar e informar sobre impactos gerados à biodiversidade marinha, contribuindo para a recuperação da saúde desses animais resgatados. “Coletivamente, as ações executadas pelo LEC tem o objetivo de colaborar com a ciência para conhecimento da qualidade ambiental e da saúde do oceano, e de promover a conservação das espécies marinhas que habitam o oceano Atlântico Sul”, destaca o LEC.

“Ao encontrar animais marinhos debilitados ou mortos nas praias de Pontal do Paraná e de todo o litoral paranaense, é possível acionar a equipe do LEC do Centro de Estudos do Mar (CEM) da UFPR pelo número 0800 642 33 41 ou pelo WhatsApp (41) 9 92138746”, finaliza o LEC da UFPR.

Com informações da Assessoria de Comunicação do LEC e da UFPR

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