Foram contabilizadas 13 mortes até 31 de janeiro. Todas em áreas não assistidas por guarda-vidas ou fora do horário de atendimento
Na segunda-feira, 4, a Comunicação Social do Corpo de Bombeiros do Paraná – Operação Verão 2018/2019, divulgou um balanço da sua atuação nesta temporada de verão desde o dia 21 de dezembro de 2018 até o dia 31 de janeiro.
De acordo com os dados divulgados, no período houve um total de 13 mortes por afogamento, número 116% maior do que os óbitos registrados em toda a Operação Verão 2017/2018. As estatísticas abrangem os municípios de Antonina, Morretes, Paranaguá, Pontal do Paraná, Guaraqueçaba, Matinhos e Guaratuba.
Segundo o Corpo de Bombeiros, até o último dia 31 de janeiro foram realizados 776 salvamentos no litoral paranaense, sendo que no ano passado foram registrados 1035 casos. “Neste ano, nenhum óbito foi registrado em faixa protegida por guarda-vidas, oito óbitos na região de mar, em faixa não protegida por guarda-vidas ou fora do horário de atendimento, dois óbitos em piscinas, dois em rios e um em baía, totalizando 13 casos. No ano passado, foram seis casos fatais”, explica a assessoria. O município com maior número de ocorrências de afogamento foi Guaratuba.
De acordo com a 2.º tenente do Corpo de Bombeiros do Paraná, Ana Paula Inácio de Oliveira Zanlorenzzi, responsável pela Comunicação Social do Corpo de Bombeiros na Operação Verão 2018/2019, é necessário que os banhistas sempre procurem áreas protegidas pelos guarda-vidas. “Quando a pessoa entra no mar numa faixa não protegida constantemente por guarda-vidas assume um risco maior de que, caso aconteça algum incidente na água, o socorro especializado demore mais a chegar – e num caso de afogamento qualquer segundo faz muita diferença. Por isso, o Corpo de Bombeiros reforça sempre a importância de que as pessoas procurem um posto de guarda-vidas (PGV) para que possam ter um banho de mar protegido para que, havendo necessidade, os Guarda-Vidas possam entrar rapidamente na água e efetuar o salvamento”, explica.
Tenente Ana Paula afirma que banhistas devem sempre procurar áreas com postos de guarda-vidas, algo que agiliza e facilita o salvamento contínuo de vítimas em potencial
POSTOS DE GUARDA-VIDAS
A tenente afirma que a importância dos postos de guarda-vidas é algo reforçado com as estatísticas preocupantes deste ano, onde todos os óbitos foram em locais não assistidos pelo Corpo de Bombeiros. “Nos locais onde há o PGV, os salvamentos são realizados rapidamente. Nessas faixas não protegidas por guarda-vidas ocorrem rondas por guarda-vidas motorizados ou a pé, contudo, o PGV fixo é sempre o local mais seguro para se banhar”, completa.
ORIENTAÇÕES AOS BANHISTAS
A primeira orientação da tenente Ana Paula é que os banhistas busquem sempre como local de banho áreas com PGV, algo que faz com que o salvamento de qualquer vítima em potencial seja realizado o mais rápido possível. “Outras recomendações são não ingerir bebidas alcoólicas nem comidas pesadas antes de entrar na água; não superestimar sua capacidade de natação, ou seja, achar que pode ir além do que realmente oferece segurança; sempre escutar as orientações dadas pelos guarda-vidas na areia: muitas vezes o mar parece tranquilo, calmo, sem ondas, mas há os riscos como correntes de retorno, valas, valões e buracos; e tomar cuidado com crianças, que nunca devem entrar sozinhas na água e devem estar sempre a uma distância de no máximo um braço do adulto para que possa reagir caso necessário”, finaliza.