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Litoral

LEC mostra trabalho ambiental exercido por técnicos e monitores

Em sete anos foram registrados 1,1 mil animais marinhos debilitados ou mortos

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Foto: LEC/UFPR

Na segunda-feira, 25, o Laboratório de Ecologia e Conservação (LEC) da Universidade Federal do Paraná (UFPR) deu sequência à divulgação da série “Monitoramento de praias: uma jornada diária pela conservação da fauna marinha”, detalhando a atuação de técnicos e monitores, via Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), para garantir proteção ao meio ambiente em todo o litoral do Paraná. Nesta segunda publicação, o LEC divulgou trabalho de profissionais que atuam em Guaraqueçaba, no Parque do Superagui, abrangendo a Ilha do Superagui e Ilha das Peças, percorrendo diariamente cerca de 28 quilômetros, atuação que, em sete anos, já registrou 1,1 mil animais marinhos debilitados ou mortos nas localidades.

De acordo com a assessoria, o detalhamento nesta segunda divulgação abrange a região sul do Parque Nacional do Superagui, especificamente na Ilha do Superagui, localizada no município de Guaraqueçaba, um dos remanescentes mais importantes da Mata Atlântica e habitat de uma rica biodiversidade.  “A região abriga comunidades de pesca e uma rica cultura tradicional caiçara. O Parque do Superagui engloba a Ilha do Superagui e a Ilha das Peças, é uma Unidade de Conservação Federal administrada pelo ICMBIO, mas considerando os múltiplos interesses ambientais, sociais e culturais, conta com um Conselho gestor, do qual comunitários e outras instituições fazem parte e garantem uma gestão participativa do território”, acrescenta.

“O LEC, via Projeto de Monitoramento de Praias da Bacia de Santos (PMP-BS), conta com uma equipe local que monitora cerca de 28 quilômetros diariamente. Segundo a bióloga e técnica de monitoramento, Adrianne Pires, em alguns dias os profissionais chegam a monitorar 30 quilômetros. Isso ocorre quando se ganha dois quilômetros a mais devido à curva denominada de “Ponta da Gaivota”, que por vezes está com uma faixa de areia maior. 

“Percorremos parte do trecho sul do Superagui de bicicleta, saindo do trapiche da comunidade até a curva da ‘Ponta da Gaivota’ e passamos por trilhas e praias e finalizando no ‘Abricó’, na Praia Deserta”, explica Adrianne.  Segundo ele, há trechos que são monitorados somente por acionamento. “Ou seja, quando há comunicado de registro de encalhe”, reforça.

Equipe

Segundo o LEC, a equipe é formada por Lais Costa (@laiscosta070), Adrianne Araújo Pires (@adrianne.araujopires), Ber Squenine (@ber.squenine), Jairo Athanasio (@jairoathanasio) e Nise Nunes (@nisenunes21). Após eles percorrem todos os trechos, a equipe retorna para a base de apoio do projeto. “A casa da base pertence a Associação de Mulheres do Superagui, e o aluguel fortalece este grupo. Na base, a equipe sincroniza os dados coletados, organiza material e quando há ocorrências de encalhes de animais vivos, os técnicos locais fazem o manejo e o primeiro atendimento na base de apoio, e lá aguardam até que a equipe veterinária chegue para o resgate.  Em caso de registros de animais mortos, realizam coletas de materiais biológicos em campo e armazenam o material até o envio à base em Pontal do Sul”, explica a assessoria.

“Nestes quase sete anos de monitoramento na região, nossa equipe registrou 1,1 mil animais marinhos. Muitas espécies ocorrem na região, mas as de maior frequência encalhadas são aves e tartarugas marinhas em estágio inicial ou avançado de decomposição”, informa o laboratório.

Relação positiva com a comunidade

Segundo a equipe do LEC que atua no local, a relação positiva com a comunidade do Superagui é essencial, reforçando que o olhar dessas pessoas para a fauna marinha “mudou após o início do projeto na Ilha e esse olhar de responsabilidade e cuidado com meio ambiente vem crescendo”, complementa a assessoria.  “Trazemos informações técnicas de como está o ambiente marinho da região, e, principalmente os pescadores, trazem seus conhecimentos e o que estão observando de mudanças no ambiente no seu dia a dia, detalha a bióloga. 

De acordo com o LEC, o diálogo e troca de saberes com a comunidade é algo feito constantemente, sendo importante por abrir espaço “para a busca de soluções futuras para a degradação ambiental que afeta animais e as comunidades locais”.

“Nosso próximo post vamos mostrar o monitoramento de fauna marinha na parte norte do Parque Nacional do Superagui, região que faz divisa com o litoral de São Paulo e que também compõe a Grande Reserva Mata Atlântica”, finaliza  o LEC da UFPR.

Com informações do LEC da UFPR

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