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Litoral

Indicação Geográfica do barreado do litoral do Paraná completou um ano

Empreendedores da região relatam mudanças e incentivo ao turismo

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Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

Em dezembro de 2022, o barreado se tornou o 12.º produto paranaense e o centésimo do Brasil a receber a Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI), em que produtos ou serviços são reconhecidos como originários de um local que garante padrões de preparo e qualidade. Prato típico do Litoral do Paraná, o Barreado segue tradições de mais de 200 anos e incentiva o turismo gastronômico em cidades como Morretes, Antonina e Paranaguá.

A Indicação Geográfica foi concedida à Associação de Restaurantes e Similares de Morretes e Região, que engloba 11 restaurantes de Morretes, Antonina e Paranaguá. Todo o processo de obtenção da IG, que recebeu apoio do Sebrae/PR, iniciou em 2014 e o pedido foi protocolado no INPI em abril de 2021.

Um ano depois da IG, os restaurantes do Litoral testemunham um avanço na “fama” do prato típico, que também ganhou força após o prato regional ter sido eleito como a terceira melhor receita com carne e bacon do mundo, segundo a plataforma TasteAtlas, que mapeia avaliações de usuários e críticas gastronômicas.

A presidente da Associação de Restaurantes e Similares de Morretes e Região, Tania Madalozo, conta que a IG aumentou o reconhecimento e a curiosidade nas pessoas.

“Para a Associação, receber a Certificação de Indicação de Procedência de Barreado foi de suma importância, primeiramente pela proteção dada ao prato, como a preservação da sua receita original, o modo de fazer e de servir essa iguaria, e pelo fato de que esse reconhecimento trouxe uma identidade do Litoral do Paraná. Também trouxe curiosidade às pessoas, aumentando o movimento nos estabelecimentos”, detalha.

Segundo Tania, a IG também fez aumentar a responsabilidade dos restaurantes em prestar um serviço de excelência.

Prato típico ganhou força como reconhecimento
Foto: José Fernando Ogura/Arquivo AEN

Para Weliton Perdomo, gerente da Regional Leste do Sebrae/PR, o Barreado sempre teve história e notoriedade no Estado, que o levaram a receber a Indicação Geográfica.

“Sendo reconhecido, é uma oportunidade de gerar divulgação para os negócios, a partir do Poder Público com iniciativas de atração de novos turistas, programas e ações. Com o tempo, o Barreado será cada vez mais reconhecido nacional e internacionalmente. A avaliação que o Sebrae/PR faz é a de que, para o primeiro ano, o resultado foi bastante satisfatório. Ainda mais diante da melhor temporada de verão dos últimos anos, em número de turistas, infraestrutura e em investimento do governo”, avalia.

De acordo com Weliton, o processo de toda Indicação Geográfica é gradativo, anos após ano, assim como a Bala de Banana de Antonina e a Cachaça de Morretes, que também conquistaram a IG.

Na mesa

Alguns impactos positivos vêm sendo observados em Antonina, por Tony Frank Bruinje, proprietário do restaurante Buganvil, ao lado de sua mãe, Dona Anny, nos últimos 24 anos.

“Tudo começou com a minha mãe, em 1986. Em 2000, comecei a trabalhar com ela no restaurante, vindo de Curitiba. A gente divide as funções e criamos alguns pratos que são exclusivos, além do barreado. Felizmente, ele é famoso e muito elogiado pelos nossos clientes. Nós também fazemos o barreado embalado, em embalagem de 800 gramas, e vendemos para alguns locais da capital”, descreve.

Tony enfatiza que, hoje, o barreado é o “carro chefe” do Buganvil, pela fama que adquiriu com o passar dos anos. Além disso, o restaurante trabalha com empresas parceiras e grupos de outros estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

Indicações Geográficas

No Paraná, as novidades dentre as Indicações Geográficas são a Cachaça de Morretes, também do Litoral, o Urucum de Paranacity, da região noroeste, e o Mel de Prudentópolis, do centro do Estado, que protocolaram seus pedidos de reconhecimento com a Indicação Geográfica no INPI.

Os 13 produtos paranaenses que obtiveram a IG até o momento são as uvas de Marialva, o barreado do Litoral, a bala de banana de Antonina, o melado de Capanema, a goiaba de Carlópolis, o queijo de Witmarsum, o café do Norte Pioneiro, o mel da região Oeste, o mel de Ortigueira, a erva-mate de São Mateus do Sul, o morango do Norte Pioneiro, os vinhos de Bituruna e a Cachaça de Morretes.

Fonte: Agência Sebrae de Notícias

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