A revitalização da Estação Ferroviária já está 50% pronta, em oito meses. A fase mais difícil, que diz respeito à estrutura do edifício, já está na reta final, a partir disso começa a fase de acabamento, momento em que a população começará a ver as mudanças externas mais expressivas no espaço.
O valor total da revitalização é de R$1,7 milhão com recursos de um repasse da Caixa Econômica Federal. No projeto, há inclusão da cobertura, parte elétrica e hidráulica, restauro de esquadrias e a pintura total do prédio histórico.
Segundo a arquiteta, restauradora e uma das responsáveis pela revitalização, Mariana Rillo, o prédio está em fase de telhamento, com colocação de uma manta aluminizada. “Terminamos toda a estrutura de madeira do telhado, agora começamos o telhamento, que é feito em telhas de fibrocimento e telhas cerâmicas para chegar o mais perto das características originais. Nas fotos antigas, dá para ver bem que o telhado tinha duas inclinações diferentes com dois materiais diferentes”, explicou Mariana.
Prédio receberá telhas em fibrocimento e telhas cerâmicas
O telhado da estação era inexistente no início das obras, já que a estrutura desmoronou em meados de 2015 e, desde então, intervenção alguma havia sido feita. Além disso, o espaço sofreu com o vandalismo, depredações, vidros quebrados, pichações e acúmulo de lixo.
A empresa também está em fase de instalação das calhas, das telhas e de um isolamento termoacústico, que se trata de uma manta aluminizada que irá fechar o telhado. “A manta reflete a luz, diminui a térmica e forma umas bolsas que jogam a água para dentro das calhas, visando, com isso, a menores serviços de manutenção do prédio”, contou a arquiteta.
Toda a parte de acabamento interno do prédio, que será visível para a população, como a pintura, só será iniciada após a conclusão do telhado. “Estamos terminando o restauro das esquadrias e a pintura será feita por último. A obra está andando bem. A parte de acabamento começa assim que acabar o telhado, a ideia é que isso seja finalizado antes do Carnaval. Esta não é uma obra linear, o projeto foi aprovado pelo Iphan e a gente executa a obra e entendemos que como é restauro, é uma execução diferenciada que tem surpresas, como pinturas artísticas, pisos antigos, coisas que fomos encontrando depois”, frisou.
SERVIÇOS FINALIZADOS
Entre as intervenções já está finalizada a parte de madeiramento, que levou cerca de três meses para conclusão e levou mais tempo, tendo em vista a complexidade e importância desta fase. As partes elétrica e hidráulica já foram refeitas.
“Temos a pretensão de terminar antes do meio do ano, mas como é uma obra de restauro, bastante complicada, em que a chuva pode influenciar, pode ser que atrase um pouco. Mas acreditamos que ela possa ser entregue ainda neste semestre”, estimou Mariana.
VALOR HISTÓRICO
Para a arquiteta, o prédio tem grande valor histórico e todos os esforços estão sendo realizados para entregar a Estação Ferroviária como o município merece. “Estamos defendendo o patrimônio, um edifício que é um marco para a cidade, um grande ponto que mostra o que a cidade foi. Ele tem características muito únicas, é maravilhoso. Há pinturas artísticas que definem o tema do edifício que outros não têm, mostra sua importância histórica. Somos acompanhados o tempo todo pelo prefeito e pelas secretarias de Comunicação e de Cultura”, disse Mariana.
Ao final, quem decidirá sobre o uso da Estação Ferroviária e irá analisar se o local receberá novamente trem de passageiros, por exemplo, será a Prefeitura de Paranaguá.