Na tarde de quinta-feira, 4, o prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, visitou as obras de restauração da Estação Ferroviária, importante patrimônio histórico do município. Os serviços foram retomados pela empresa Albatroz há cerca de um mês. O prazo para finalização é de oito meses, sendo assim, se tudo correr dentro do previsto, o prédio deve ser entregue até fevereiro de 2020.
O arquiteto responsável, Claudio Forte Maiolino, explicou os detalhes da obra ao prefeito de Paranaguá
O prefeito de Paranaguá, Marcelo Roque, declarou que a intenção é acompanhar mensalmente os serviços que estão em andamento na Estação.
“Estamos fazendo um monitoramento a cada 30 dias, a gente sabe a dificuldade de restauro da empresa passada que abandonou a obra com 55% concluída, sem motivo. Temos que cumprir o prazo e a empresa nos garantiu isso. Já foi uma evolução muito grande nos últimos dias, já chegaram as madeiras para fazer o forro, a parte de restauro já está em andamento em toda a Estação, na sequência será iniciada a parte hidráulica e elétrica. Estamos com uma expectativa muito boa para que seja entregue no fim do ano”, comentou Marcelo Roque.
A utilização do espaço após a reforma também já é discutida pelo Poder Executivo. “Estamos fazendo paralelamente uma tratativa com o Sesc, Sebrae, para que esse espaço tão importante seja utilizado. O Sebrae tomou conta em Curitiba de um prédio público, realizando a parte cultural, que é muito importante. Temos a expectativa também de viabilizar a vinda do trem novamente até Paranaguá, assim o povo do Paraná todo pode visitar a nossa cidade pela linha férrea, um passeio maravilhoso. Tudo isso estamos lutando para ter no nosso município”, disse o prefeito.
Obras de restauro oferecem um desafio maior na recuperação do prédio histórico
O secretário municipal de Planejamento e Gestão, Sílvio Loyola, também tem acompanhado as obras. “Temos que persistir porque, infelizmente, a empresa não quis continuar com a obra. Tivemos que refazer todo o projeto, aprovar novamente junto à Caixa Econômica e abrir o processo licitatório. Agora, a obra está como deve ser, é muito diferente o restauro da reforma. A contratação da empresa nem sempre é algo rápido e nem sempre a população tem esse conhecimento. Muitas vezes, o processo é mais lento do que a própria obra”, destacou Loyola.
DETALHES DA OBRA
O arquiteto da empresa Albatroz, Claudio Forte Maiolino, explicou que já houve a realização da limpeza, levantamento do que havia sido feito pela empresa anterior, montagem da logística e compra dos materiais. “Estamos trabalhando, basicamente, em quatro frentes: revisão dos telhados, porque estavam prontos, mas sem manutenção e tinha muita infiltração; iniciamos a montagem de estrutura do forro do grande salão da estação e o trabalho nas grades e nos muros. Por isso, há uma equipe de alvenaria, de manutenção e recomposição de frisos e adornos, uma de pintura preparando as paredes e uma de restauração das esquadrias”, afirmou Claudio.
As esquadrias foram retiradas, levadas a Curitiba para serem refeitas e devem começar a chegar em Paranaguá na próxima semana. “Muitas delas, especialmente essas localizadas no fundo, se encontravam desmontadas e guardadas sem nenhuma identificação. Houve um trabalho neste último mês para remontá-las, localizar as peças originais para fabricar as peças faltantes e recompor as esquadrias. Isso na área de restauração é relativamente comum”, esclareceu Claudio.
Para manter as características originais da estação, é necessário durante a obra fazer prospecções para revelar como as paredes eram pintadas. “Precisamos nos basear nesses elementos encontrados para finalizar a sala. Temos um cronograma curto e muitas coisas, como a pintura, dependem muito da questão da chuva, por isso sempre temos que ter alternativas. Todas as peças utilizadas na obra são especiais, porque antigamente não eram usadas as medidas que encontro hoje. As madeiras foram serradas sob encomenda para a estrutura que foi projetada na década de 1920”, analisou o arquiteto.