O governador Carlos Massa Ratinho Júnior dá o pontapé inicial das obras de dragagem e alargamento da faixa de areia da cidade de Matinhos, no Litoral do Paraná, neste sábado, 25. A cerimônia com o acionamento da draga para jogar areia na praia marca o início definitivo das obras de revitalização da orla, que contam com investimento de R$ 314 milhões. O navio-draga de Galileo Galilei tem 166 metros de comprimento.
A primeira etapa da intervenção, com 6,3 quilômetros de extensão, aumentará em até 100 metros a faixa de areia e conta com a implementação de guias correntes, headlands e revitalização urbanística com ciclovia, calçadão e obras de drenagem.
É o maior investimento em uma cidade do Litoral da América do Sul. A obra vai acabar com o problema histórico de enchentes na cidade.
DRAGA
A draga Galileo Galilei, que será utilizada para o alargamento da faixa de areia da praia de Matinhos, chegou ao Litoral do Paraná na manhã de sexta-feira, 24. O aparelho será encaminhado ao Balneário de Caiobá, onde o governador Carlos Massa Ratinho Júnior anunciará o início do processo de dragagem.
A dragagem é um dos processos das Obras de Recuperação da Orla de Matinhos, com investimentos de R$ 314,9 milhões. A obra é do Governo do Estado, através do Instituto Água e Terra (IAT), e executada pelo Consórcio Sambaqui, vencedor da licitação pública.
A obra vai resultar no alargamento da faixa de areia ao longo dos 6,3 km previstos no projeto, do Morro do Boi até o Balneário Flórida. O Litoral do Estado receberá um total de 2,7 milhões de metros cúbicos a mais de areia.
A primeira fase da dragagem será em Caiobá. Quando encerrada, a Linha de Recalque será reposicionada até o balneário Flórida para repetir o processo nos outros balneários de Matinhos. A finalização da dragagem está prevista para ocorrer até novembro deste ano.
Para realizar o processo, haverá conexão com as tubulações que estão sendo levadas para a areia desde o começo de abril. Em paralelo estão em execução os trabalhos ambientais da recuperação da área de restinga.
GALILEO GALILEI
A draga autotransportadora de sucção e arrasto é de origem belga e esta é a primeira vez que o Paraná recebe uma embarcação com tanta tecnologia embarcada. Este tipo equipamento possui cisterna e propulsão própria, o que permite sua navegação até a chamada jazida de empréstimo, onde dragam a areia, depositam em sua cisterna e em seguida mandam o material pela tubulação que está submersa e permanece em posição dinâmica para recalcar a areia até a praia, onde os tratores farão o espalhamento na parte seca.
Na parte submersa, o próprio movimento das ondas se encarrega de fazer esse espalhamento da areia.
A draga tem capacidade de 18 mil metros cúbicos em sua cisterna, e pesa em torno de 31,2 mil toneladas. Seu comprimento total é de 166 metros, com potência de bomba de 3,4 mil KW ao arrastar e 14 mil KW ao descarregar.
O navio acomoda uma tripulação de 32 passageiros e foi construída em 2020. Ele também foi utilizado para as obras de dragagem e aterro hidráulico de Balneário Camboriú e várias outras obras de dragagem portuária em Santos, Rio de Janeiro e Itajaí.