Durante duas semanas, equipes do Governo do Estado, técnicos do Instituto Brasileiros dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) e da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) estiveram em seis municípios do Paraná e um do Mato Grosso do Sul para a realização das audiências públicas socioambientais da Nova Ferroeste, uma das premissas para a liberação da licença prévia. Os encontros reuniram mais de 4 mil participantes (no local ou de maneira remota) que puderam tirar dúvidas e fazer comentários.
Ao todo, o traçado do projeto passa por 49 municípios: 41 no Paraná e oito no Mato Grosso do Sul. Os locais e datas da realização das audiências públicas foram definidas pelo órgão licenciador. Nos encontros, paranaenses e sul-mato-grossenses puderam optar entre a sala virtual, com transmissão online ao vivo, ou acompanhar as discussões presenciais. O Governo do Estado disponibilizou ônibus que ajudaram a transportar 58 pessoas entre outras cidades e aquelas que receberam as audiências.
Guaíra, na divisa do Paraná com o Mato Grosso do Sul, recebeu o maior público presencial: 610 pessoas lotaram o auditório localizado no centro da cidade. Já o encontro em Cascavel, com abrangência de 17 municípios, teve a maior plateia virtual, com 301 acessos. Outras mil pessoas estiveram na sala virtual durante as sete audiências, mas não realizaram cadastro e por isso não foram contabilizadas no levantamento oficial de cada reunião.
Em Dourados foram 194 presenciais e 174 online; em Guaíra, 610 (presenciais) e 147 (online); em Cascavel, 180 (presenciais) e 301 (online); em Paranaguá, 307 (presenciais) e 211 (online); em São José dos Pinhais, 186 (presenciais) e 204 (online); em Guarapuava, 106 (presenciais) e 103 (online); e em Irati, 111 (presenciais) e 139 (online).
Quem ainda desejar ter acesso ao Estudo de Impacto Ambiental (EIA) e enviar perguntas ou considerações a serem avaliadas pelo Ibama pode acessar o site oficial das audiências (http://www.audienciasnovaferroeste.com.br) ou encaminhar os questionamentos para [email protected] ou [email protected]. As gravações das sete audiências também estão no site.
O prazo de consulta encerra no dia 12 de junho. A partir dessa data os técnicos do órgão licenciador vão dar início à elaboração de um parecer técnico, no qual podem ser sugeridas alterações ou complementações ao Estudo de Impacto Ambiental.
O projeto prevê aumentar a participação do modal ferroviário no transporte de cargas. O Estudo de Viabilidade Técnica, Econômica e Ambiental (EVTEA) aponta a circulação de 38 milhões de toneladas de produtos no primeiro ano de operação plena, com a ligação Maracaju – Paranaguá e o ramal Cascavel – Foz do Iguaçu concluídos. Mais de 70% do volume movimentado vai seguir com destino ao Porto de Paranaguá, tornando este o segundo maior corredor de exportação de grãos e proteína animal do País.
Para o coordenador do Plano Estadual Ferroviário, Luiz Henrique Fagundes, esta é uma das etapas mais importantes até o momento. “Este é um projeto de infraestrutura que vai durar mais de um século. Por isso, uma das maiores preocupações é conservar os recursos naturais para as próximas gerações”, afirma.
Fonte: AEN