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Festival inédito em Paranaguá vai celebrar a história e a luta da mulher negra

Programação será no dia 23 de julho na Estação Ferroviária

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O 1.º Festival Afro Latino Tereza de Benguela será realizado no dia 23 de julho em Paranaguá. O evento é uma comemoração ao Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha e Dia Nacional da Mulher Negra e de Tereza de Benguela. A organização é da Cia Cultural Rainha Maçã que realizará o festival na Estação Ferroviária, a partir das 14h.

Estação Ferroviária será palco do evento que terá manifestações artísticas, praça de alimentação, entre outros atrativos
Foto: Divulgação/Secultur

O Dia Internacional da Mulher Negra Latino Americana e Caribenha foi definido em um encontro de mulheres negras que aconteceu no ano de 1992 na República Dominicana. Elas definiram essa data para pressionar a ONU a se posicionar contra a luta de raça e gênero.

“A ideia é que seja um evento social com entrada franca para que toda a população tenha acesso, com arrecadação de alimentos não perecíveis que, posteriormente, serão doados para quilombos e aldeias indígenas pelo litoral”, divulgou a organização do evento.

O 1.º Festival Afro Latino Tereza de Benguela é uma idealização da produtora parnanguara Joice Cardoso que, desde 2019, idealiza um evento como este para abranger toda a população. No entanto, com a pandemia, até então, só foi possível realizar um evento on-line intitulado “Mulheres que Inspiram Trajetórias de Sucesso”. 

Atrações

Além da programação com teatro, música, dança, yoga, feira de empreendedores, praça de alimentação e cinema, haverá um segundo ambiente, o “Espaço de Beleza Afro”, onde o público poderá fazer tranças nagô gratuitamente.

Sobre a data

No Brasil essa data representa o “Dia Nacional de Tereza de Benguela e da Mulher Negra” pela Lei 12.987/2014. Tereza de Benguela foi uma importante liderança quilombola na região da fronteira do Mato Grosso com a Bolívia, liderou a resistência contra o governo escravista e coordenou as atividades econômicas e políticas do Quilombo.

Segundo a organização do evento, o festival também é importante para alertar sobre a violência que as mulheres negras ainda sofrem na sociedade. “Dentro e fora do Brasil a população negra é umas das mais atingidas pela violência, principalmente mulheres. No ano de 2020 no Brasil a cada três mulheres mortas pelo feminicídio, duas eram negras. No “Atlas da Violência” as mulheres negras correspondem a 66% das mulheres assassinadas, fora outros tipos de violência como a doméstica, obstétrica, entre outras. Ainda hoje a mulher negra é uma das principais vítimas da opressão”, ressaltou.

Representatividade

“O Festival vem mostrar a população que a cultura afro é muito mais que violência e sofrimento, que são descendentes de reis e rainhas e que trazem consigo essa ancestralidade rica de beleza e costumes. É um importante marco para nossa população que terá acesso a essas informações. E, assim, reconheçam que a cultura negra é linda e deve ser valorizada e respeitada, além do autoreconhecimento da população negra do município, onde apenas 3% se auto declara negra e na realidade os números são diferentes e isso acontece por falta de reconhecimento e representatividade”, divulgou a organização.

Com informações da Assessoria

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