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Esportes

Projeto Petrinha tem foco na reabilitação de crianças e jovens com mobilidade reduzida de membros inferiores

Projeto é realizado na APAE Paranaguá e na pista de atletismo

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Fotos: Divulgação

Foi iniciado neste ano em Paranaguá, o Projeto Petra (Frame Running) “A diferença entre dependência e autonomia, entre limitação e liberdade”, chamado de Petrinha, foi idealizado pela Professora Silmara França, quando ao retornar da Dinamarca com a Seleção Brasileira, percebeu a necessidade e a possibilidade de implantar um projeto voltado a reabilitação.

“O Projeto Petrinha trata-se de uma ação pensada na reabilitação de crianças e jovens com mobilidade reduzida de membros inferiores. São atendimentos direcionados e orientados por uma equipe que realizou previamente avaliações para verificar perfis que se encaixam dentro do objetivo do projeto”, explicou a idealizadora do projeto, a professora Silmara França, da Associação Paralímpica de Paranaguá (APP).

Trata-se de um projeto pioneiro no Brasil que visa, antes do esporte, a reabilitação de pessoas com deficiência física ou mobilidade reduzida, bem como melhorar a qualidade de vida desse público, e consequentemente descobrir talentos que futuramente possam entrar no esporte. “O objetivo do projeto é a reabilitação de crianças e jovens de 7 a 18 anos completos com mobilidade reduzida de membros inferiores, com o intuito de melhorar a marcha, possibilitando uma qualidade de vida melhor. Trata-se de uma ferramenta que irá caminhar lado a lado com os atendimentos de fisioterapia entre outros atendimentos e programas que esse público participe. É realizado dentro da APAE local, onde se percebeu uma demanda maior, e na pista de atletismo esporadicamente”, destacou Silmara.

A Associação Paralímpica de Paranaguá (APP) obteve recursos vindo do Conselho Municipal da Criança e do Adolescente (CMDCA) através do Fundo da Infância e Adolescência (FIA), com o apoio da Secretaria Municipal de Assistência Social de Paranaguá (SEMAS) por meio de edital.

Através desses recursos, foram adquiridos cinco triciclos (Petrinhas) para desenvolver as atividades do projeto. De acordo com a organização do projeto, a maior parte do público está dentro de instituições, como a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de Paranaguá. Podendo assim, utilizar o triciclo para ser uma extensão de Terapia Assistida. “Em reunião com a escola e a família foi apresentado o projeto Petrinha e nessa conversa e troca de informações abordamos o principal intuito que é utilizar a prática de reabilitação como meio e futuramente a possibilidade do esporte como fim. Ou seja, poderemos somente ter resultados de uma qualidade de vida melhor como também a possibilidade de formarmos um futuro atleta. São vários perfis e somente com o tempo é que poderemos descobrir. Nosso foco é de início trabalhar ao máximo com a ludicidade para criar vínculo e fazer com que a criança não se desestimule com o tempo”, contou a idealizadora do projeto.

De acordo com a professora Silmara França, a vontade de criar o projeto surgiu quando ela teve a oportunidade de estar junto a Seleção Brasileira de Atletismo na Dinamarca em uma competição. “Lá foi possível observar que na Europa de modo geral a prática com o triciclo adaptado não se limita somente ao esporte e sim na reabilitação, em qualidade de vida, em uma prática democrática e social (eles costumam passear em parques com a família possibilitando a integração da pessoa com deficiência ao meio social)”, disse. “Sabendo do público existente dentro da Apae eu retornei de lá com esse desejo de realizar algo diferente que pudesse contribuir com o desenvolvimento motor, cognitivo e social dessas crianças. É um projeto pioneiro no Brasil e já se tornou referência no país onde surgiu a Petra que é a Dinamarca. Recentemente fui convidada por eles a publicar nosso projeto lá, por ser algo inovador e com objetivo inovador”, completou.

A equipe de trabalho é composta da seguinte forma: Edileusa, Professora de Educação Física e Vice-Presidente da Associação Paralímpica de Paranaguá, para atleta de Frame Running (Petra) e madrinha do Projeto Petrinha. Silmara França, Professora e Técnica Paradesportiva da APP Paranaguá. E Alex, acadêmico em Educação Física.

“Nosso desejo é conseguir mais parcerias para dar continuidade ao projeto que é algo que se trata de um objetivo a longo prazo. E para que possamos atender mais crianças precisamos de mais recursos tanto humanos quanto material”, finalizou a professora Silmara França.

Para saber mais sobre o projeto, basta acompanhar a página oficial – Frame Running Brasil – Projeto “Petrinha” Reabilitação – APP Paranaguá.

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