Educação Paralisação dos Caminhoneiros

Entenda como ficou o calendário da rede estadual e municipal

Aulas no município e Estado voltam ao normal após greve dos caminhoneiros (Foto: Hedeson Alves)

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Desde a segunda-feira, 4, as aulas nas unidades de ensino municipais, de responsabilidade da Prefeitura de Paranaguá, e estaduais, sob a alçada do Governo do Estado, estão normalizadas no município após a paralisação dos caminhoneiros, que durou cerca de 10 dias e foi encerrada na quinta-feira, 31. Neste período turbulento, o Núcleo Regional de Educação (NRE) conseguiu manter as aulas normalmente nas escolas estaduais, enquanto o município precisou suspender o calendário dos dias 24 de maio até o dia 4 de maio, por desabastecimento de merenda, bem como de combustível nos ônibus escolares.

Ao todo, os alunos da rede municipal ficaram cerca de seis dias sem aulas na rede municipal de ensino. A secretária municipal de Educação, Vandecy Dutra, destacou durante a greve que se não houvesse a suspensão das aulas os 17 mil estudantes de Educação Infantil e Ensino Fundamental do 1.º ao 5.º ano seriam prejudicados. A rede é ampla e abrange desde a área urbana, até ilhas e colônias.

“Recebemos um comunicado da empresa que fornece a merenda de que eles estavam desabastecidos, toda segunda-feira eles colocam as merendas nas escolas e estavam sem verduras e carnes e não teria como fazer esse fornecimento", explicou a secretária no período de paralisação. Além disso, a gestora explicou que os ônibus de transporte escolar, que são o meio de transporte de cerca de mil alunos para as escolas, estavam sem combustível, sendo que não havia como atender as crianças com a qualidade necessária, durante a paralisação.

Na segunda-feira, 4, as aulas na rede municipal de educação voltaram, após reabastecimento dos ônibus escolares e volta do fornecimento de merenda. Segundo a Secretaria Municipal de Educação e Ensino Integral (Semedi), está havendo uma reformulação de calendário, em que serão estudadas três opções de reposição de aulas para que os alunos não percam qualidade de ensino. Estas propostas serão enviadas para o Conselho Municipal de Educação (COMED) estudar e aprovar a mais adequada.

De acordo com a superintendente da Semedi, Ana Paula Falanga, os estudantes não terão perda alguma de conteúdo escolar. “Não haverá prejuízo aos estudantes. A reposição ocorrerá justamente para que os alunos tenham acesso a todo o conteúdo planejado para o ano letivo. Os pais e responsáveis podem ficar tranquilos”, completa.

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Sob o comando da secretária municipal de Educação, Vandecy Dutra, aulas na rede municipal de ensino voltaram na segunda-feira, 4

REDE ESTADUAL DE EDUCAÇÃO

Abrangendo o Ensino Fundamental II (do 6.º ao 9.º ano) e também Ensino Médio, a rede estadual de ensino não teve suspensão de aulas em Paranaguá, durante a paralisação de caminhoneiros. Segundo a chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE), professora Selma Meira, a decisão foi tomada em conjunto com diretores das escolas em reunião promovida pelo NRE. "Em Paranaguá não houve paralisação, isto somente ocorreu em Pontal do Paraná em todo o litoral. Neste município, as escolas já estão fazendo um calendário de reposição dos dois dias em que as aulas foram suspensas", explica Selma.

Em todo o Paraná, quatro dos 32 núcleos regionais de educação suspenderam as aulas durante a segunda-feira, 28, até o dia 4 de junho. Nestes locais, os ônibus de transporte escolar ficaram sem combustível, prejudicando o transporte dos alunos. Na segunda-feira, 4, as aulas foram normalizadas no Estado.

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Chefe do Núcleo, Selma Meira, destaca que não houve suspensão das aulas nas escolas estaduais durante a greve que durou 10 dias

NO ESTADO

Escolas da rede estadual de ensino que tiveram o calendário afetado pelo movimento dos caminhoneiros na última semana de maio vão repor os dias letivos e a carga horária conforme a realidade de cada município. Na segunda-feira, 4, todas as 2,1 mil escolas da rede estadual voltaram à rotina.

O calendário de reposição será elaborado pelos Núcleos Regionais de Educação em parceria com as secretarias municipais e a equipe diretiva das instituições de ensino. O objetivo é que os estudantes tenham garantidos as 800 horas e os 200 dias de estudos previstos na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB).

“Cada Núcleo viveu uma situação. Tivemos municípios que nem tiveram suas atividades alteradas. Por isso, as reposições serão analisadas caso a caso. Quando a proposta estiver concluída, toda a comunidade escolar pode ficar tranquila que o transporte estará garantido para os dias de reposição”, enfatizou a secretária estadual da Educação, Lucia Cortez.

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